Bolsas da Europa fecham majoritariamente em queda com tarifas

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira (26), com investidores evitando grandes apostas à espera de mais clareza sobre a nova rodada de tarifas dos EUA, prevista para entrar em vigor na próxima semana.

O mercado britânico foi na contramão e apresentou alta, impulsionado pela análise dos dados econômicos e pelos anúncios de cortes orçamentários.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,30%, fechando em 8.689,59 pontos. O DAX, de Frankfurt, recuou 1,14%, para 22.847,42 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, perdeu 0,96%, encerrando a sessão em 8.030,68 pontos.

Em Madri, o Ibex 35 recuou 0,43%, para 13.425,70 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, avançou 0,80%, para 6.887,17 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, teve queda de 0,83%, fechando em 39.058,10 pontos. Os dados ainda são preliminares.

A incerteza em torno das novas tarifas comerciais dos Estados Unidos, que entram em vigor em 2 de abril, sustentou a cautela nos mercados europeus. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na noite de ontem que não deverá haver muitas exceções às tarifas recíprocas de importação que serão implementadas na próxima semana.

O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco da França, François Villeroy de Galhau, afirmou que Trump está desestabilizando o sistema econômico multilateral. Villeroy estima que o aumento das tarifas no segundo trimestre terá um impacto “limitado” na inflação, mas poderá reduzir o crescimento do PIB da zona do euro em até 0,3%.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, reforçou que a Europa está pronta para responder às ações comerciais dos EUA, se necessário.

Diante das tarifas americanas mais altas e do aumento dos gastos com defesa, Robert Holzmann, governador do Banco Central da Áustria, disse que o BCE deve evitar cortar sua taxa de juros principal na reunião de abril como medida de precaução. Segundo ele, esses fatores podem manter a inflação da zona do euro acima da meta de 2%.

No cenário macroeconômico, a inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido desacelerou mais do que o esperado em fevereiro, pressionando a cotação da libra e aumentando as chances de o Banco da Inglaterra (BoE) retomar o ciclo de cortes nos juros.

Mais tarde, a ministra das Finanças, Rachel Reeves, anunciou cortes profundos no orçamento de bem-estar social e um endurecimento das medidas contra a evasão fiscal.

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