“Brasil não tem muita margem para retaliar os EUA”, diz especialista ao WW

O ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil, Welber Barral, alertou sobre os desafios enfrentados pelo país ao considerar retaliações contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Durante participação no programa WW, Barral enfatizou que o Brasil possui uma margem limitada para ações de represália sem prejudicar sua própria economia.

Segundo o especialista, a arte da retaliação consiste em criar irritantes para o outro país sem afetar negativamente a indústria nacional.

“O Brasil importa muitas partes de avião, equipamentos e químicos para a indústria brasileira. Então, a tarifa contra essas importações prejudicaria a própria indústria brasileira”, explicou.

Propriedade intelectual como ferramenta de negociação

Barral destacou um episódio anterior envolvendo uma disputa sobre o algodão, onde o Brasil só conseguiu trazer os Estados Unidos à mesa de negociações quando ameaçou suspender direitos de propriedade intelectual.

“Foi somente quando a propriedade intelectual entrou no jogo que os EUA negociaram, e nós tivemos uma vitória arrebatadora no caso do algodão graças a isso”, afirmou.

O ex-secretário também mencionou que outros países, como a China, já perceberam a eficácia dessa estratégia e estão ameaçando retaliação sobre serviços americanos, principalmente na área de tecnologia.

Desafios para o sistema multilateral de comércio

Barral apontou para um desafio adicional: garantir que qualquer retaliação fique limitada à relação bilateral com os Estados Unidos, sem desmontar completamente o sistema multilateral de comércio.

Ele observou sinais positivos nesse sentido, citando que países como Canadá e China recorreram à Organização Mundial do Comércio (OMC) para reclamar das medidas americanas.

Além disso, o especialista mencionou que a União Europeia tentou justificar legalmente suas medidas contra os Estados Unidos com base nas regras da OMC, ainda que com uma fundamentação considerada frágil.

“Os países estão tentando se mostrar ainda confiáveis e tentando indicar que são os Estados Unidos que estão violando primordialmente as regras multilaterais”, concluiu.

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