Camisa Verde e Branco revive letras e poesias de Cazuza no desfile do Grupo Especial

As letras e poesias de Cazuza voltaram à vida no Sambódromo do Anhembi durante o desfile da Mocidade Camisa Verde e Branco, último do Grupo Especial de São Paulo na manhã deste sábado (1º/03). O samba-enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!” celebrou a vida e carreira do rockeiro nacional, em homenagem aos 35 anos da morte precoce do artista.

O desfile da Camisa Verde e Branco contou com 17 alas, quatro alegorias e 2 mil componentes, que deram vida às famosas músicas de Cazuza e do Barão Vermelho, que até hoje marcam a música nacional.

Veja as fotos

Will Dias/Brazil News
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Edu Araujo/Agnews
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Reprodução/Globo
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Will Dias/Brazil News
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Leo Franco e Natália Rampinelli/ AgNews
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Reprodução/Globo
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O ator Daniel de Oliveira, que interpretou o cantor nas telonas, repetiu o tributo no desfile da Camisa Verde e Branco.

O intérprete foi chamado pela própria Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, que também esteve presente, em cima do carro alegórico que fechou o desfile.

O cantor Ney Matogrosso, amigo pessoal de Cazuza e que é lembrado pela sua interpretação das músicas do ex-Barão Vermelho, também foi homenageado pela Camisa Verde e Branco.

O desfile que abriu o amanhecer da capital paulista celebrou o amor e as pautas defendidas por Cazuza nos anos 80. O cantor morreu devido às complicações da Aids em 1990.

Confira a letra do samba-enredo da Mocidade Camisa Verde e Branco:

Faz parte do meu show
plantar a flor da poesia nos quintais
estou na máquina de escrever o tempo
o vento sopra tantas letras autorais
e parte do meu show
é um teatro de operações vitais
é uma entrada para o circo voador
gritando contra os fuzis e generais
por todo amor que houver nessa vida
ser agenor à frente do espelho
ser minha dor, pão e comida
voando no barão vermelho

Vem ouvir o rock in roll
pela libertação de um brasil sem senhor
um brasil sem patrão
sei que a bete chegou
balançando os quadris
pro dia nascer feliz

Exagerado eu sempre fui
apaixonado, contestador
não me furtei em ser debochado
o amor inventado, feito um beija-flor…
eu sei só as mães são felizes
são cicatrizes e solidão
oh meu brasil o tempo não para, não para não
a barra funda mostra sua cara
relembrando o seu apogeu
declama em lindos versos
o poeta não morreu!

Dia sim, dia não
vou sobrevivendo
vestindo a camisa, compondo a musa
se a sua saudade é maior que a minha
te amo lucinha… assina Cazuza!



Fonte: Portal LEODIAS

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