Dono do D-Edge se pronuncia após falas polêmicas de Baby do Brasil em culto

O D-Edge, tradicional clube de música eletrônica na zona oeste de São Paulo, foi palco de um culto evangélico promovido por seu proprietário, Renato Ratier, na última segunda-feira (10/3). O evento, que contou com a participação de Baby do Brasil e dos pastores Pedro e Samuel Santana, gerou repercussão negativa devido a declarações feitas durante a cerimônia. Dois dias depois, Ratier se pronunciou oficialmente sobre o episódio.

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O culto, chamado de “profético”, reuniu cerca de 150 pessoas e foi marcado por louvores e testemunhos religiosos. Durante o evento, Baby do Brasil afirmou que “abuso sexual envolvendo família deve ser perdoado”, enquanto o pastor Pedro compartilhou sua experiência de conversão, dizendo ter deixado de ser “travesti, homossexual e garoto de programa” após encontrar a fé. As falas geraram críticas nas redes sociais e questionamentos sobre o posicionamento do empresário e da casa noturna.

Renato Ratier fala sobre polêmica em culto na balada

Diante da repercussão, Ratier publicou uma nota oficial destacando que as declarações não representam seus valores nem os do D-Edge. No comunicado, ele afirmou: “Antes de mais nada, quero expressar meu profundo respeito a todas as pessoas que foram atingidas por declarações de terceiros durante o culto e reafirmar os valores que sempre guiaram minha trajetória. Jamais foi minha intenção ferir ou desrespeitar qualquer pessoa”. O empresário também enfatizou que “infelizmente, algumas falas isoladas de convidados vão contra aquilo que acredito”.

Ratier reforçou que não compactua com discursos que minimizem abusos ou promovam discriminação. “Deixo claro que sou absolutamente contra qualquer tipo de abuso e discriminação e que todo crime deve ser denunciado e apurado”, declarou. Ele também afirmou que não teve conhecimento prévio das falas e que está conversando com Baby do Brasil e os demais envolvidos para que prestem esclarecimentos públicos.

Além disso, o empresário fez questão de esclarecer seu posicionamento sobre a comunidade LGBTQIAPN+. “Também quero reforçar que não acredito na chamada ‘cura gay’ – essa ideia não existe e jamais fez parte dos meus valores”, pontuou. Ele destacou que o D-Edge, ao longo de seus 25 anos, sempre apoiou a diversidade, refletindo essa postura em sua programação artística.

Por fim, Ratier garantiu que o culto foi um evento isolado e que a balada seguirá com sua programação tradicional. “O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer. A casa continua com suas atividades normais, oferecendo a cada noite um espaço de música eletrônica, como sempre fez”, concluiu.



Fonte: Portal LEODIAS

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