- Não adianta o PP não ter posição coletiva sobre a sucessão do governador Gladson Cameli.
Causa estranheza para o andar de baixo do Progressistas, em especial os mais ideológicos, a falta de sintonia do partido com o projeto defendido pelo governador, e que está desenhado para eleição de 2026.
Enquanto o governador articula apoio do partido nacional, leva a sua vice para agendas nos municípios e empodera ela junto aos prefeitos, tem um grupo ligado ao presidente da ALEAC que não se alinhou ao projeto. Pelo contrário, desconstrói o que poderia ser a tão propalada unidade “pelo povo do “Acre.
Têm razão os que acreditam no fogo amigo?
O curioso é que eles flertam com Tião Bocalom, que só foi candidato em 2020 porque Mailza, senadora e presidente do PP, bancou a disputa; gesto que o prefeito parece ter esquecido por jamais ter vindo a público reforçar a pré campanha da vice governadora.
Procure uma foto dela com o prefeito ou com o deputado Nicolau e Bocalom esses 90 dias atrás, sobretudo nas andanças de Mailza nas agenda na capital e no interior. Não há.
Essa aproximação premeditada de Nicolau Junior com Bocalom, optando pelas agendas dele e não de Mailza, seria um sinal de quê?
Não convence dizer que trata-se de agenda institucional esse chamego dos dois, com uma frequência muito suspeita nas últimas horas, quando o processo do governador tem movimentações evolutivas no STJ.
No quê acredita o deputado, ex cunhado de Gladson?
O que vislumbra Bocalom, que deve ao governador a sua ascensão política após chorar com sucessivas derrotas nas urnas?
A visita dos dois no abrigo dos atingidos pela cheia, em Rio Branco, hoje, foi sintomático: ocorreu 24 horas após Mailza ir lá, verificar se as famílias estavam, de fato, recebendo tratamento digno.
A manchete de jornais pagos pela Aleac estampou, além de um paiol de foto dos dois juntos, declarações de cidadãos segundo os quais “nada está faltando aqui”.
Ora, Mailza incomodou pela iniciativa, sobretudo por ser gestora da Assistência social do Estado, responsabilidades que o municípios não consegue emplacar nem no tranco.
Estaria disposto o deputado a ser o vice do velho Boca na disputa do ano que vem? Ou cabeça de chapa, apostando no que seus puxassacos chamam de “Plano B”?
Seria o deputado a melhor opção , mesmo tendo ele sido superado por Clodoaldo em mais 2 mil votos no Juruá?
O deputado se insurge contra o presidente nacional Ciro Nogueira, para quem Mailza, como disse o governador, é única e insubstituível opção para 2026?
Terá fundamento a informação,confirmada internamente como “possibilidade”, segundo a qual Nicolau pensa em mudar de partido?
Gladson está ciente de uma suposta trama contra a sua vice , engendrada inclusive pelo prefeito?
Quem banca pesquisas fora de época em que nomes sem capital político são apresentados ao eleitor?
E esses 20 milhões ofertados como “nosso” para a campanha ? Vem de onde?
As respostas ficarão no ar, mas só o presidente da ALEAC pode ajudar a ir respondendo. Ah…o PP como partido também.
E o próprio governador.