Eleições 2026: aliança PP-UB fortalece Mailza Assis; Rejeitado e fragilizado, Alan Rick deve pedir abrigo no Republicanos

A federação entre PP e União Brasil, anunciada na tarde desta quarta-feira, impõe ao senador Alan Rick, postulante ao Governo do Acre, uma sensação de extremo desconforto e tristeza. Não há mais ambiente para o senador no grupo que já fechou questão com a vice-governadora Mailza Assis, nome de consenso, inclusive com quase a totalidade dos prefeitos acreanos, para suceder Gladson Cameli.

Alan está isolado, e tem como aliado político, neste momento, o republicano Roberto Duarte, cuja rejeição é tão acentuada quando é improdutivo o seu mandato.

Só restam três opções ao senador:

1. Ter um ato de lucidez política e retirar sua candidatura intempestiva;
2. Deixar o União Brasil e pedir abrigo no Republicanos, uma modesta legenda com dois prefeitos (Acrelândia e Feijó), 7 vice-prefeitos e 28 vereadores;
3. Ser coerente e compor a chapa como vice de Maílza Assis e esperar 2030 para assumir o governo, podendo disputar a reeleição.
A candidatura de Alan mais parece uma guerra de fancaria – da parte dele, é claro. Tornou-se fator de divisão e desconforto no campo da direita Acreana.
Nem ele nem ninguém consegue explicar sob uma ótica razoável esse assodamento que de querer largar o mandato de senador na metade pra se aventurar numa candidatura fadada ao insucesso.
Compor com Maílza desde sempre foi o melhor caminho. Isso, obviamente, se o senador fosse movido por sentimentos éticos e republicanos.
Alan estará se reunindo nesta quinta-feira com os cabeças brancas do MDB, levando consigo como único trunfo pra atrair o glorioso as pesquisas que, em tese, o colocam momentaneamente na liderança da disputa.

A federação sacramentada entre o PP e o União Brasil está causando terremotos no mundo político. Longe se ser apenas a Federação que comportará a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, seus efeitos estão levando alegria para uns (caso evidente da vice-governadora Mailza Assis, que sai do encontro ocorrido em Brasília, nesta quarta-feira, ainda mais fortalecida. Será ela a líder desta federação por aqui, sem dúvidas.

No Acre, a aliança foi anunciada nesta tarde pelo “maestro da sucessão de 2026”, Gladson Cameli, após reunir-se com o presidente nacional da legenda, o senador Ciro Nogueira.

Nogueira, aliás, assegurou assegurou que a presidência do grupo PP-UB ficará com o governador acreano, presidente Estadual do progressista.