Empréstimo para CLT: Quando os juros do programa não valem a pena?

Com mais de R$ 1 bilhão milhões liberados em mais de 193 mil contratos desde o lançamento na sexta-feira (21), o empréstimo consignado CLT apresenta taxas de juros reduzidas.

No entanto, especialistas aconselham a comparar a taxa de juros com outras modalidades de crédito e analisar o valor e o prazo do empréstimo para entender se o programa vale a pena ou não.

O objetivo do governo federal com o programa “Crédito do Trabalhador” é disponibilizar uma linha de empréstimo com taxas de juros menores.

A própria Caixa Econômica Federal é quem disponibiliza o crédito consignado para CLT com taxas a partir de 1,6% ao mês.

Na avaliação do economista da Tríade Soluções, Diego Aquino, os juros apresentados pelo programa de consignado para CLT não valem a pena, pois, ao multiplicar a taxa mensal média de 3% pelo número de meses em um ano, chega-se à taxa de 36% de juros ao ano.

“Se o trabalhador contrata um valor de R$ 4 mil, ele vai pagar, no final das contas, R$ 15 mil. No meu ponto de vista, isso não é uma medida atrativa para o trabalhador e pode trazer um problema de educação financeira grave no país”, afirma Aquino.

O economista acrescenta que o valor retido no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), usado como garantia nessa modalidade de empréstimo, já é do trabalhador e está disponível para retiradas por meio do saque-aniversário, em caso de demissão ou para aplicações imobiliárias.

O valor é corrigido anualmente em 3% mais a Taxa Referencial (TR).

“Agora, estão disponibilizando para os bancos o dinheiro que é do trabalhador, ao qual ele já pode ter acesso, mas que agora está sendo emprestado pelos bancos a 3% ao mês”, acrescenta.

O chefe de renda fixa na Suno Research, Guilherme Almeida, concorda que a taxa de juros do crédito consignado varia de 2,5% a 3% ao mês. Por outro lado, esse percentual é mais baixo quando comparado com outras linhas de crédito, como o crédito pessoal e o cartão de crédito.

Uma opção que pode valer a pena é trocar as dívidas, explica.

“Um trabalhador que tem um consignado já contratado com uma taxa maior ou um empréstimo pessoal com uma taxa mais alta pode fazer essa mudança, captar recursos no crédito consignado para pagar uma dívida mais cara”, afirma Almeida.

O especialista acrescenta que é necessário avaliar o real motivo para contratar o empréstimo consignado CLT. O crédito usado para a antecipação do consumo de um bem momentâneo tem um impacto diferente quando há essa substituição de dívidas.

“É necessário um planejamento adequado, com controle orçamentário e previsibilidade quanto a esses pagamentos futuros, que serão descontados na folha de pagamento”, finaliza.

Quem pode solicitar o novo empréstimo para CLT?

Trabalhadores com carteira assinada, inclusive trabalhadores rurais e domésticos, além de Microempreendedores Individuais (MEIs), terão acesso à linha de crédito. O trabalhador terá uma margem consignável de até 35% do salário.

Passo a passo para liberar o “Crédito do Trabalhador”:

  • Acesse o aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).
  • Solicite a proposta de crédito.
  • Autorize que os bancos tenham acesso aos dados.
  • As propostas serão enviadas em até 24h.
  • Analise a melhor oferta.
  • Faça a contratação por meio do banco.

Como os pagamentos serão feitos?

Mensalmente, as parcelas serão descontadas na folha de pagamento do trabalhador, por meio do eSocial. Após a contratação, o trabalhador poderá acompanhar mês a mês as atualizações do pagamento.

E se houver demissão?

No caso de desligamento, o valor devido será descontado das verbas rescisórias, observado o limite legal de 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 100% da multa rescisória.

Empréstimo para CLT: trabalhadores com “nome sujo” podem pedir?

Este conteúdo foi originalmente publicado em Empréstimo para CLT: Quando os juros do programa não valem a pena? no site CNN Brasil.

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