Estudo identifica proteína responsável por envelhecimento

“Tudo passa, tudo passará”, diz uma música imortalizada pelo cantor Nelson Ned. As pessoas inevitavelmente envelhecem. É por isso que a humanidade há muito tempo procura fontes da juventude, elixires ou produtos antienvelhecimento que prometam a juventude eterna.

Agora, pesquisadores do Japão descobriram uma proteína que seria responsável pelo processo de envelhecimento. Se ela for bloqueada, o envelhecimento celular pode ser retardado ou até mesmo revertido.

Não apenas as pessoas poderiam viver mais, mas doenças relacionadas à idade, como osteoporose, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e doenças neurodegenerativas, também poderiam ser minimizadas. Algumas doenças poderiam ser prevenidas antes do aparecimento dos primeiros sintomas.

Proteína AP2A1 torna as células maiores e mais inativas

Durante o processo de envelhecimento, as células tornam-se gradualmente mais inativas. Elas não se dividem mais, mas também não morrem. Essa condição é conhecida como senescência ou envelhecimento ao nível celular.

As células senescentes não são apenas mais velhas, mas também significativamente maiores. Isso provavelmente se deve às proteínas que engrossam as chamadas fibras de estresse nas paredes das células, tornando-as mais imóveis.

“Uma pista intrigante é que as fibras de estresse nas células senescentes são muito mais espessas do que nas células jovens, sugerindo que as proteínas nessas fibras ajudam a manter seu tamanho”, diz Pirawan Chantachotikul, da Universidade de Osaka, uma das autoras do estudo, publicado na revista cientifica Cellular Signaling.

Proteína tem papel-chave no envelhecimento

No estudo, os pesquisadores focaram na proteína AP2A1, que é predominantemente encontrada em células senescentes. Para testar a hipótese de que a proteína tinha papel-chave no envelhecimento, os pesquisadores modularam a expressão da AP2A1 em células jovens e envelhecidas.

“A supressão da AP2A1 em células mais velhas reverteu a senescência e promoveu a renovação celular, enquanto a superexpressão da AP2A1 em células jovens acelerou a senescência”, diz Shinji Deguchi, outro autor do estudo.

Certamente levará algum tempo até que as descobertas encontrem aplicação prática. Mas, ao contrário de muitos produtos antienvelhecimento, elas poderiam de fato contribuir para uma vida mais longa e uma saúde melhor, tratando não apenas os sintomas típicos do envelhecimento, mas também as causas celulares do processo.

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Fonte: Metrópoles

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