EUA estão destruindo a ordem mundial, diz embaixador ucraniano

Os Estados Unidos estão “destruindo” a atual ordem mundial, disse o embaixador da Ucrânia no Reino Unido, em comentários que são feitos em um momento em que a Ucrânia tenta consertar a relação com o governo americano após a desastrosa reunião na Casa Branca entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump.

Valerii Zaluzhnyi também alertou contra os EUA tentarem encontrar um meio-termo com a Rússia. O diplomata havia sido demitido como chefe militar da Ucrânia no ano passado em uma grande reformulação antes de assumir o posto diplomático e é visto como um possível candidato presidencial.

Após a troca de acusações em Washington DC, a administração Trump interrompeu a ajuda militar à Ucrânia e pausou o compartilhamento de informações de inteligência, ressaltando os temores em Kiev de que o governo republicano está se inclinando para o lado da Rússia.

“Não é apenas o ‘eixo do mal’ e a Rússia tentando revisar a ordem mundial, mas os EUA estão finalmente destruindo essa ordem”, avaliou Zaluzhnyi, falando em um painel no think tank britânico Chatham House nesta quinta-feira (6).

Zaluzhnyi afirmou que o governo dos Estados Unidos havia “questionado” a unidade do mundo ocidental ao abrir negociações com a Rússia e deixando a Ucrânia e a Europa de lado.

“Agora, Washington está tentando delegar as questões de segurança para a Europa sem a participação dos EUA”, pontuou.

O diplomata também questionou o futuro da aliança militar da Otan, dizendo: “Podemos dizer que em um futuro próximo a Otan também pode deixar de existir”.

“Vemos agora a Casa Branca dando passos em direção ao Kremlin, tentando encontrá-los no meio do caminho, então o próximo alvo da Rússia pode ser a Europa”, acrescentou.

Tensão aumenta na Europa

As declarações são feitas enquanto a Europa tem se esforçado para garantir suas capacidades de defesa, depois que os EUA reverteram sua política e geraram temores de que a Europa pode não ser capaz de contar com o apoio americano em meio à ameaça da Rússia.

Os aliados europeus da Ucrânia se uniram em torno de Zelensky após o confronto entre ele e Trump no Salão Oval, que culminou com o líder ucraniano sendo expulso da Casa Branca.

Desde então, Zelensky tem buscado aliviar as tensões com a administração Trump, ponderando que a reunião acalorada “não ocorreu como deveria”, a classificando como “lamentável” e observando que a Ucrânia está pronta para negociar sobre o fim do conflito.

Enquanto isso, os líderes europeus se reuniram para uma cúpula de emergência em Bruxelas nesta quinta, onde reiteraram seu apoio à Ucrânia enquanto o país busca um assento na mesa de negociações.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

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