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Fazenda projeta inflação a 4,9% em 2025 e prevê alimentos mais baratos

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Fazenda projeta inflação a 4,9% em 2025 e prevê alimentos mais baratos

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a projeção da inflação em 2025, a variação do índice passou de 4,8% para 4,9% — valor acima do teto da meta, que é de 4,50%.

Os dados sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fazem parte do Boletim Macrofiscal de março divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, nesta quarta-feira (19/3).

O Macrofiscal é um relatório bimestral responsável por divulgar as projeções de curto e médio prazo para os indicadores de atividade econômica e de inflação, utilizados no processo orçamentário da União.


O IPCA em fevereiro


Inflação de alimentos

Assim como no último boletim, a SPE reforça a expectativa para a queda dos preços dos alimentos até o final do ano, além da estabilidade na inflação de serviços e de aceleração nos preços de bens industriais.

O Macrofiscal informou que a inflação de alimentos recuou de 8,2% em dezembro para 7,1% em fevereiro. O destaque foi para a a maior deflação de alimentos in natura, como batata e banana.

“A desaceleração nos preços de leite e derivados e de óleos e gorduras também contribuiu para reduzir a inflação de alimentos. Em contrapartida, houve aceleração nos preços de bebidas e infusões, repercutindo a elevação na inflação do café, e alta acentuada nos preços de aves e ovos, influenciados pelo avanço da inflação de ovos”, diz.

O órgão do Ministério da Fazenda listou os seguintes fatores que podem contribuir para a queda da inflação de alimentos: crescimento da safra de soja, milho arroz e feijão, expectativa de menores choques de clima.

Por outro lado, devem continuar pressionando os preços: a desvalorização do real nos preços, a redução na produção de carne bovina no Brasil e no mundo, e o impacto do valor da carne bovina nos preços de outras proteínas, como carne suína, frangos e ovos.

A SPE ainda reconheceu que a política monetária mais contracionista (ou seja, que opta pelo aumento dos juros) “até pode ajudar na redução dos preços de alimentos”, mas “não é efetiva para solucionar restrições na oferta de produtos específicos”.


Comida mais cara


De acordo com a SPE, as medidas para conter o avanço nos preços de alimentos podem contribuir para melhorar o cenário da inflação do país, bem como a manutenção da taxa de câmbio em patamar próximo de R$ 5,80.

Para 2026, a projeção para o IPCA avançou de 3,4% para 3,5% “devido a efeitos inerciais”. A partir de 2027, a SPE projeta um IPCA próximo ao centro da meta de 3%.

PIB de 2025

A estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 2,3% para 2025. O Macrofiscal prevê expansão de 1,5% da economia brasileira no primeiro trimestre, ante alta de 0,1% no trimestre anterior.

Embora seja esperada uma alta, na comparação anual o PIB deverá desacelerar.

Segundo a SPE, “após a aceleração projetada para o primeiro trimestre na margem, o PIB tende a desacelerar, ficando próximo da estabilidade no segundo semestre”.

“A desaceleração do crescimento frente à 2024 repercute a redução dos estímulos vindos dos mercados de crédito e trabalho em função do patamar mais contracionista da política monetária e o aumento das incertezas e da volatilidade devido ao acirramento das tensões comerciais e geopolíticas no mundo”, explica trecho do boletim.

Outras projeções para os anos 2025 e 2026

2025

2026


Fonte: Metrópoles

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