Galípolo: vamos conviver com inflação acima da meta a curto prazo

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse, nesta quinta-feira (27/3), que, a curto prazo, o Brasil terá que lidar com uma inflação acima da meta, que é de 3% neste ano. Segundo ele, o BC tem consciência que a “combinação de inflação acima da meta e de taxa de juros mais contracionista costuma de produzir essa posição mais incômoda”.

“O Banco Central sabe que, no curto prazo, a gente vai conviver com uma inflação acima da meta e que os mecanismos de transmissão desse processo vão se dar nessa ordem que a gente tem comunicado”, declarou.

Atualmente, o Brasil tem inflação acumulada em 12 meses de 5,06% — bem acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50% (entenda o sistema de metas abaixo).

Ao ser questionado sobre o guidance (orientação futura) da próxima alta na taxa básica de juros, a Selic, Galípolo não deu detalhes sobre qual será o tamanho do aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros).

Ele preferiu reforçar o que foi dito na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nessa terça-feira (25/3), onde o BC indicou que o ciclo de alta da Selic “não está encerrado”, mas que a próxima elevação “seria de menor magnitude”.

“A ata continua bastante válida, ela não ficou velha. A gente quer preservar esses graus de liberdade para gente poder ali e poder tomar essa decisão [definir a taxa Selic]”, acrescentou o presidente do BC.


Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
  • São esperadas novas altas nos juros ainda no primeiro trimestre, com taxa Selic próxima a 15% ao ano.
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.

Em 2025, a meta de inflação é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual, sendo 1,5% (piso) e 4,5% (teto). Ela será considerada cumprida se oscilar entre esse intervalo de tolerância.

O presidente do BC ainda comentou que terá que escrever uma segunda carta informando o estouro da meta inflacionária. Isso porque a autoridade monetária segue confirmando a possibilidade de a inflação estourar a meta em junho.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Nesse novo modelo, se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

Taxa Selic

Na última reunião, realizada entre 18 e 19 de março, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros (a Selic) de 13,25% ao ano para 14,25% ao ano. Esse foi o quinto aumento seguido da taxa Selic, o ciclo de aperto monetário começou em setembro.

Hoje, os juros estão no mesmo patamar de 2015 e 2016, época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).



Fonte: Metrópoles

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