Período que delimita o fim da vida reprodutiva feminina, a menopausa ocorre em geral entre 45 e 55 anos de idade. No entanto, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) chama a atenção para os riscos de câncer de mama associados à menopausa tardia.
Fase que determina o fim da menstruação, da ovulação e da fertilidade, a menopausa em si não é um fator causador do câncer de mama. Porém, ao longo da vida, as mulheres têm uma exposição prolongada ao estrogênio e progesterona que contribui para o desenvolvimento da doença.
Um levantamento realizado pela World Cancer Research Fund revelou que o estilo de vida saudável tem potencial para reduzir as chances de desenvolvimento do câncer de mama em até 20%. Especialistas recomendam uma alimentação rica em frutas, vegetais, fibras e grãos integrais associada à prática de pelo menos 150 minutos de exercícios físicos regulares por semana.
De acordo com o mastologista Cícero Urban, vice-presidente da SBM, em comparação com as que entram antes na menopausa, mulheres que vivenciam o período após os 55 anos têm entre 30% e 40% mais chances de desenvolver câncer de mama. Contudo, existem outros fatores de risco que não devem ser negligenciados. “A idade é um indicador, assim como o histórico familiar da paciente, mas há fatores comportamentais que precisam ser considerados”, alerta.
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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
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Fatores de risco para o câncer de mama
Entre os fatores de risco para o câncer de mama, o médico destaca a reposição hormonal, que auxilia no controle dos sintomas da menopausa. Entre eles, fogachos, indisposição, oscilação de humor, insônia e diminuição de libido. O tratamento leva em conta a condição clinica da paciente, por isso exige acompanhamento médico.
“Mutações genéticas, antecedentes familiares, tipo de terapia hormonal e tempo de administração são algumas informações a serem consideradas”, explica o mastologista.
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