Ministro do Emprego: há confiança para Galípolo “domar transatlântico”

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta sexta-feira (28/3) que o governo Lula (PT) tem confiança de que o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, vai “domar esse transatlântico”, ao fazer referência à taxa básica de juros da economia, a Selic.

A fala foi proferida durante apresentação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro, divulgado nesta sexta.

“Como o ministro Haddad [da Fazenda] tem falado, há confiança do governo no presidente Galípolo e sua equipe de fazer um processo de domar esse transatlântico para chegar num momento onde uma coisa não atrapalhe a outra”, destacou Marinho.


Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
  • São esperadas novas altas nos juros ainda no primeiro trimestre, com taxa Selic próximo a 15% ao ano.
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário no qual a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula e do mandato de Galípolo à frente do BC.

Marinho lembrou que Galípolo fazia parte da equipe do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2024, ainda como diretor de Política Monetária. Foi no ano passado que o colegiado contratou os aumentos na Selic. Segundo o ministro, o que está ocorrendo agora é o cumprimento dos acordos feitos.

Na semana passada, o Copom decidiu por novo aumento na Selic, que foi para 14,25% ao ano. “Não se recomenda cavalo de pau na economia; portanto, os processos estão sendo devidamente respeitados”, argumentou o ministro.

“Eu acho que necessita no Brasil de um pacto de mais produção para conter a inflação, e não o contrário”, completou. “Precisamos ter um pacto de mais produção para conter inflação. Não é o aumento de juros, não é a restrição de crédito que levam ao controle da inflação saudável. Porque controlar a inflação de forma superficial com aumento de juros e restrição de crédito leva a desemprego.”

Luiz Marinho considera que o problema que está se refletindo nos preços se deve às variações cambiais e ao “nervosismo externo”. “É preciso dar tempo ao tempo para as coisas se ajustarem”, ponderou.



Fonte: Metrópoles

Galípolo critica subsídios: “Perversos e regressivos à sociedade”

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, criticou, nesta terça-feira (1º/4), o número de subsídios concedidos no Brasil. Para o chefe da autoridade...

Filho de radialista morre em grave acidente, em Rio Branco

O biomédico Gabriel Barros de Lima, filho do radialista e ex-diretor da Rádio Difusora de Feijó, Gilberto Braga, morreu no início da desta terça...

Nelson Motta anuncia novo projeto como artista em grande festival

Curador do Festival Doce Maravilha, Nelson Motta vai trabalhar dobrado na edição deste ano. E se você pensa que ele está amuado por isso,...