Mulher ignora sinais de doença rara e pele das pernas apodrece

A dona de casa inglesa Teresa Jones, de 59 anos, chegou a pedir aos médicos que amputassem sua perna direita após uma doença rara de pele transformar pequenas marcas em feridas profundas, necrosadas e doloridas.

A dor intensa fez com que ela buscasse ajuda médica. Em 2020, após ter uma grave infecção urinária e ser internada para tratá-la, Teresa descobriu uma pequena lesão inchada em sua perna.

Inicialmente, ela atribuiu o caroço doloroso à picada de algum inseto desconhecido. Aos poucos, porém, as feridas foram progredindo sem que ela desse maior atenção.

As feridas começaram a expelir pus e, um ano depois, surgiu uma segunda lesão na perna direita, que se agravou mais rapidamente. Os tratamentos caseiros não foram eficazes e elas continuaram progredindo.

Em janeiro de 2024, Teresa foi internada novamente, com parte da carne já necrosada, para tentar curar as feridas. Nessa época, parte de sua pele chegou a cair e o osso ficou exposto.

“Pedaços da minha perna caíam e os médicos tiveram que cortar partes com tesoura. Minhas pernas estavam tão ulceradas que havia sérias preocupações sobre se conseguiríamos salvá-las. Não consigo nem ver as fotos desta época porque são realmente macabras”, lembra, em relato no Facebook.

A mulher chegou a pedir que os médicos amputassem sua perna de uma vez, mas os médicos acreditavam que conseguiram deter a infecção ao compreendê-la melhor. Quando eles conseguiram remontar o início dos sintomas à infecção urinária, conseguiram chegar à hipótese de que se tratava de uma rara manifestação na pele do pioderma gangrenoso.

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Foto mostra feridas em junho de 2024 quando, segundo Teresa, elas já estavam boas
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Teresa teve a doença de pele em consequência de uma infecção urinária

Reprodução/Facebook/teresa.jones.9634

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Foto mostra feridas em junho de 2024 quando, segundo Teresa, elas já estavam boas

Reprodução/Facebook/teresa.jones.9634

Tratamento doloroso e incertezas

Durante a internação em janeiro de 2024, Teresa passou por trocas diárias de curativos sob forte sedação devido à dor. Enfermeiros continuam visitando sua casa a cada duas semanas para realizar os curativos. Até hoje, ela recebe infusões medicamentosas a cada dois meses. Enquanto a perna esquerda mostra sinais de melhora, a direita permanece sem progressos significativos.

“Fiquei sentada em uma cadeira na sala por um ano, sem conseguir deitar na cama. Ainda há muito caminho até a cura, mas posso ficar de pé e consigo me deslocar lentamente dentro de casa. E, felizmente, ainda tenho as duas pernas”, conta. Apesar das cicatrizes profundas, ela afirma não se importar com a aparência, mas sim com a possibilidade de recuperação.

Apesar da dor e das limitações, ela mantém a esperança de ver sua perna direita sarar.

Doença de pele rara e diagnóstico complexo

O pioderma gangrenoso é uma condição crônica e progressiva, caracterizada por úlceras dolorosas que se expandem rapidamente e são formadas por uma reação exagerada das defesas do corpo ao próprio organismo.

Ele costuma estar relacionado a casos da doença de Crohn, artrite reumatoide ou câncer no sangue, além de poder ser desencadeado como consequência de infecções.

Segundo o Manual MSD, as lesões começam como pequenas protuberâncias ou bolhas, mas podem evoluir para feridas profundas. Teresa descreveu o processo como “assustador”, com crostas pretas cobrindo tecidos amarelados e necrosados.

Segundo o gastroenterologista Alexandre Carlos, do Hospital das Clínicas de São Paulo, a doença costuma estar associada também a condições inflamatórias intestinais, como a síndrome do intestino irritável.

“As lesões ulceradas na pele causadas pelo pioderma gangrenoso frequentemente estão associadas a manifestações cutâneas de inflamações intestinais”, afirmou. O diagnóstico é clínico, excluindo-se outras possíveis respostas.

Os sintomas variam conforme o subtipo, mas incluem febre, mal-estar e úlceras de bordas violáceas (violetas). O tratamento exige abordagem multidisciplinar, com foco em cuidados com feridas e controle da resposta imunológica com medicamentos imunossupressores, que permitem que o corpo deixe de atacar as feridas.

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Fonte: Metrópoles

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