Parlamentares do PSD apontam divergências na sigla sobre anistia

Parlamentares do PSD ouvidos pela CNN neste domingo (16) destacaram divergências na bancada da legenda quanto ao projeto de lei que propõe anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Os posicionamentos acontecem após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dizer, em manifestação no Rio de Janeiro, ter o apoio de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, para aprovar o texto no Congresso Nacional.

Integrantes da bancada do partido de Kassab lembraram que o PSD se reuniu para tratar do assunto na semana passada, mas ressaltaram que não houve uma definição sobre fechar apoio ao projeto.

Segundo lideranças políticas, apesar do que Bolsonaro e seu entorno afirmam, nos corredores do Congresso o assunto tem sido tratado como um “vespeiro”. Esses mesmos líderes ainda reforçam que, por enquanto, não receberam do presidente da Câmara, Hugo Motta, nenhuma sinalização sobre a celeridade da proposta.

Sem comentar o mérito do texto, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) apontou para a heterogeneidade da sigla. O parlamentar classificou as posições de Kassab, contudo, como “decisivas” para os rumos da bancada.

“Kassab é mais arguto que todos nós e sabe que a bancada tem opiniões divididas sobre o tema. Um primeiro passo é colocar o líder para apoiar o tema a ser pautado. Outra coisa é conseguir o máximo de votos a favor. Unanimidade é bem difícil. Parte dos deputados do PSD no Nordeste são apoiadores diretos do presidente Lula”, disse à CNN.

“Mas fato é que, independente da visão do mérito da anistia, a orientação do Kassab é decisiva”, completou o deputado.

Ao destacar os diferentes posicionamentos sobre o tema na sigla, o deputado Charles Fernandes (PSD-BA) se disse contrário ao projeto. O congressista afirmou ainda não acreditar que Kassab ou o líder do partido na Câmara, Antonio Brito (PSD-BA), tomarão a decisão de impor à bancada uma posição favorável à proposta.

“Sou contrário à anistia. Tenho total respeito pelo meu presidente, Gilberto Kassab. Respeito sua opinião e sei que ele respeita a dos parlamentares da sigla”, disse à CNN.

“Kassab nunca foi um presidente de impor posição: ‘Deve fazer assim ou assado’. Não creio que fará isso agora. Kassab e Antônio Brito sempre deixam aberto para os deputados definirem suas posições”, prosseguiu.

No Senado, Otto Alencar (PSD-BA) reiterou críticas anteriores à possibilidade de anistia. O parlamentar, assim como seus correligionários da Câmara, destacou respeito a posições adversas dentro da legenda.

“Sou contra a anistia daqueles que tentaram ferir o regime democrático. Essa é uma posição pessoal, e eu respondo por minha posição pessoal. E é isso que eu vou defender no Senado, caso chegue lá está proposta da anistia”, disse.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Parlamentares do PSD apontam divergências na sigla sobre anistia no site CNN Brasil.



Fonte: CNN

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