A atriz Fernanda Torres, 59, foi homenageada no programa de estreia da nova temporada do Globo Repórter, exibido na noite de sexta-feira (7). Apresentado por Sandra Anenberg, o episódio contou a trajetória da artista desde as peças teatrais na escola até o tapete vermelho do Oscar, em que foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz.
Na entrevista, Torres fala sobre sua infância e a criação no meio artístico por influência de seus pais, os atores Fernanda Montenegro, 95, e Fernando Torres.
“Eu acho que eu começaria [a contar sua história] por São Paulo, quando meus pais mudaram para São Paulo. São as primeiras memórias que eu tenho de uma São Paulo muito caseira, parecia uma vila”, conta. “Passei muito tempo da minha vida olhando eles ensaiando na mesa de jantar”, relembra.
“Minha mãe e o meu pai tinham um casamento super convencional, que não era normal na minha vida. Não tinha fim de semana e nem férias, e eles trabalhavam muito para sustentar, porque era uma economia de teatro, então, eles tinham que ralar muito”, conta.
Torres conta que foi na adolescência que encontrou sua vocação. Aos 12 anos, a atriz entrou para o Tablado, uma das maiores escolas de teatro do Brasil.
“Fiz o primeiro ano do Tablado. No fim, fizemos uma peça chamada ‘Um Tango Argentino’. Eu fiz um papel que era uma velha tangueira e ali eu falei: ‘acho que eu dou para isso’”, relembra.
Foi da cabine de iluminação do teatro Tablado que os pais da Fernanda tiveram a certeza que a filha seguiria seus passos como atriz.
“Fernando e eu fomos assistir, mas nós não queríamos perturbá-la emocionalmente. E nós dois começamos a ver a Nanda representando. De leque dançando, falando. Era maravilhosa. Nos abraçamos, choramos, porque nossos filhos iriam entender o que é uma vocação dessa dimensão e que a gente tem que ir buscar o espectador onde ele está”, recorda Montenegro no programa.
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Passei muito tempo olhando eles ensaiando”, diz Fernanda Torres sobre pais no site CNN Brasil.