Após o sorteio dos grupos da Libertadores, realizado nesta segunda-feira (17/3), o presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, afirmou em conversa com jornalistas que não vê o Brasil fora das competições do continente. No entanto, chamou atenção a forma como o dirigente abordou o assunto. Segundo ele: “Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível”.
A fala de Domínguez ocorre após o caso de racismo contra Luighi, jogador do Palmeiras, durante a Libertadores Sub-20, organizada pela Conmebol. Vale lembrar que a presidente do clube alviverde, Leila Pereira, chegou a sugerir que os times brasileiros deixem a federação sul-americana e se filiem à Concacaf, onde estão alocadas as equipes das Américas do Norte e Central, além do Caribe.
Antes do evento que definiu o caminhos das equipes na Libertadores, Domínguez afirmou em discurso que a Conmebol agirá com rigor contra o racismo.
Como forma de protesto pelos recorrentes casos de racismo contra atletas de clubes brasileiros, Leila Pereira não compareceu ao evento, que colocou o Palmeiras no Grupo G da Libertadores, ao lado de Bolívar (BOL), Olímpia (PAR) e Cerro Porteño (PAR)
O que ocorreu?
- O Palmeiras venceu o Cerro Porteño na Libertadores Sub-20 por 3 x 0, pela segunda rodada da fase de grupos.
- Torcedores do Cerro, um deles com uma criança de colo, imitavam gestos de macaco e cuspiram na direção de Luighi e Figueiredo.
- “O que fizeram comigo é crime, não vão perguntar sobre isso?”, protestou Luighi enquanto chorava na frente de um repórter.
- Em nota, clubes rivais do Palmeiras e CBF pediram rigor na punição contra os racistas.
- “Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas”, disse a Conmebol.
- Vini Jr., do Real Madrid, que frequentemente protesta contra o racismo, apoiou o jovem de 18 anos.
- Em coletiva de imprensa, Leila Pereira pediu a exclusão do time Cerro Porteño de todas as competições da Conmebol.
- Cerro se desculpou por meio de carta.
- A Conmebol aplicou multa ao time paraguaio, mas a punição saiu barata, segundo Leila e CBF.
Fonte: Metrópoles