A cantora Roberta Miranda, 68, falou neste domingo (9) sobre seu livro “Um Lugar Todinho Meu”, lançado em dezembro de 2024, no qual aborda alguns traumas que vivenciou antes da fama.
“Escrever esse livro foi algo dificílimo. Levei muitos e muitos anos, quando eu percebi que podia ajudar alguma mulher, eu tive essa coragem”, explicou Roberta Miranda em entrevista ao Fantástico.
Roberta Miranda relembrou que os desafios começaram durante sua infância, quando o pai enfrentava problemas com bebida alcoólica e que ao sair de casa, sofreu um abuso.
“Tudo aconteceu na minha vida a partir dos 14 anos. O meu pai era um alcoólatra e quando ele não bebia, era o homem que eu mais amava, e quando bebia ele era a pessoa que eu mais odiava”, disse.
A cantora acrescentou: “Ele me batia, me jogava para fora de casa e eu não aguentava mais aquele tipo de humilhação. Fui embora e ficava dois, três dias caminhando ali na rua mesmo e não tinha onde dormir”.
Roberta Miranda contou que foi trabalhar em uma boate como cantora para ter onde dormir e que por lá, vivenciou um grande trauma pessoal, aos 16 anos. “Foi onde tinha uma pessoa que todo mundo conhece e invocou comigo. Ele colocou um revólver na minha cabeça e me estuprou”, seguiu.
A voz de “Majestade, o sabiá” relatou que meses depois, quando estava grávida, a mesma pessoa tentou cometer novamente o abuso e chutou sua barriga. “Ele matou meu filho. Isso pra mim é um horror”, completou.
Ao falar sobre a reviravolta em sua vida e se tornado uma referência na música sertaneja, Roberta comemorou o fato de ser uma pessoa alegre. “A vida me ensinou a ser isso: leve. Brinco e tem uma criança dentro de mim que eu não deixei que matassem”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Roberta Miranda narra abuso aos 16 anos: “Colocou revólver na minha cabeça” no site CNN Brasil.