O Carnaval é sinônimo de festa e liberdade, mas isso não é desculpa para se descuidar da saúde sexual. Durante a folia, muita gente adota comportamentos que podem aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), mas infectologistas apontam que é possível curtir os prazeres do período sem dar brecha para as doenças.
Para evitá-las, a medida mais importante e acessível é usar camisinha em todas as relações sexuais, especialmente naquelas que envolvam penetração. No momento da folia, porém, com um consumo elevado de álcool e na euforia do momento, não é incomum que o sexo desprotegido acabe ocorrendo. Por isso, é importante estar atento a outras medidas que podem reduzir os riscos à saúde.
“Apesar de extremamente eficaz, o preservativo não nos previne de todas as doenças. Por exemplo, se as lesões da sífilis, que inclusive está em um momento de alta de casos, forem tocadas, elas podem transmitir a doença. O mesmo vale para o HPV: encostou, pegou. As ISTs não são tão fáceis de se evitar”, explica a infectologista Juliana Barreto, de Goiânia.
Ela ressalta, porém, que as ações combinadas de prevenção podem sim garantir uma folia mais segura, incluindo o uso de lubrificantes adequados (que evitam feridas e o rompimento do preservativo). Mas a prevenção deve começar muito antes.
Por isso, é fundamental que adultos sexualmente ativos façam exames médicos periódicos, ao menos uma vez por ano, para avaliar a presença de doenças ocultas.
“A detecção precoce é fundamental, pois permite um acompanhamento adequado, e, quando necessário, intervenções que podem reduzir o risco de complicações graves”, explica a infectologista Ligia Pierrotti, da Alta Diagnósticos.
Vacinas em dia e tratamentos
A vacinação também é uma aliada. A imunização contra o HPV, por exemplo, previne infecções que podem levar a verrugas genitais e a diversos tipos de câncer. Tumores do colo do útero são profundamente associados à infecção, mas câncer de boca, ânus, pênis e vagina também são ligados à doença.
A vacinação também é capaz de prevenir casos de hepatite B e C. “Quem não está vacinado contra elas ou quem nos exames de sangue periódicos não apresentou anticorpos no nível esperado para defender o organismo dessas doenças virais deve procurar o posto médico e se vacinar antes de ir para a folia”, defende Juliana.
8 imagens
1 de 8
2 de 8
Herpes genital – Altamente contagiosa, a herpes genital é causada pelo vírus Herpes simplex (HSV). As pessoas infectadas podem desenvolver pequenas bolinhas vermelhas muito próximas umas das outras na pele das coxas, anus e órgãos genitais. Essas bolinhas contêm um líquido altamente viral de cor amarelada que causa coceira. Além disso, a doença pode se manifestar com febre, dor ao urinar e, no caso de mulheres, corrimento
Getty Images
3 de 8
Aids –é causada pelo vírus HIV e faz com que o sistema imunológico perca a capacidade de defender o organismo. Ainda não tem tratamento conhecido que seja eficaz.
Divulgação
4 de 8
Gonorreia e infecção por Clamídia – Na maioria das vezes, as duas doenças estão associadas. A infecção atinge os órgãos genitais, a garganta e os olhos. Quando não é tratada, a gonorreia pode levar à infertilidade. Os principais sintomas em mulheres são dor ao urinar ou no pé da barriga (baixo ventre), corrimento amarelado ou claro fora do período de menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Os homens costumam sentir ardor e esquentamento ao urinar, corrimento ou pus e dor nos testículos
Getty Images
5 de 8
HPV – A infecção por papilomavírus humano (HPV) é uma das mais incidentes e pode ser prevenida com vacina. Ela leva ao aparecimento de lesões na pele dos órgãos genitais de homens e mulheres. A textura dessas alterações pode ser suave ou rugosa, com coloração que varia de acordo com o tom de pele. Elas não causam dor, mas são contagiosas
Getty Images
6 de 8
Sífilis – A sífilis é uma infecção bacteriana geralmente transmitida pelo contato sexual ou pelo contato com sangue infectado. Os primeiros sintomas surgem no intervalo de três a 12 semanas após o contágio, provocando feridas e manchas vermelhas nas mãos e pés que não sangram e nem causam dor. A sífilis pode provocar cegueira, paralisia e problemas cardíacos
Getty Images
7 de 8
Infecção pelo HTLV – Pouco conhecido, o HTLV é um retrovírus da mesma família do HIV, possuindo em comum as mesmas formas de transmissão. A maioria das pessoas não apresenta sinais e sintomas durante toda a vida. Dos infectados pelo HTLV, 10% apresentarão alguma doença associada, como doenças neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, urológicas e hematológicas
Getty Images
8 de 8
Tricomoníase –
A tricomoníase é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns, provocada por um parasita. Os principais sintomas são: dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso
Getty Images
Profilaxia contra o HIV
Ainda não existe vacina contra o HIV disponível, mas para melhorar as estratégias de prevenção é possível recorrer à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Pós-Exposição (PEP). Ambas estão disponíveis gratuitamente no SUS.
A PEP funciona como uma pílula do dia seguinte contra o HIV. São utilizados antiretrovirais por pelo menos um mês em casos de relação sexual desprotegida nas 72 horas anteriores.
“O HIV é a única doença que tem PEP confirmada e é muito importante fazer uso dela. Em caso de exposição, não tenha medo ou vergonha: procure o serviço de saúde o mais rápido possível e faça o correto acompanhamento para investigar possíveis infecções”, explica o infectologista Josias Aragão, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), de São Paulo.
Já a PrEP é indicada para grupos de maior risco, em geral homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e transexuais, e requer planejamento prévio para aumentar as defesas do corpo contra o vírus.
Quando a PrEP faz efeito?
Homens cisgêneros e mulheres trans sem uso de hormônios devem tomar a medicação entre 24h e 2h antes do ato sexual para alcançar os níveis protetores do medicamento.
No entanto, como o remédio reage com o estradiol, hormônio produzido por mulheres cisgênero e trans que fazem tratamento hormonal, para elas é preciso iniciar a terapia muito antes, no mínimo sete dias antes do sexo, para que a proteção faça efeito.
A vida de Clarice (Carol Castro) tomará um rumo inesperado em “Garota do Momento”. Após um longo período de incertezas, a protagonista finalmente começará...
O último capítulo de “Mania de Você” reservou desfechos emocionantes para os personagens Michele (Alanis Guillen), Daniel (Samuel de Assis) e Cristiano (Bruno Montaleone),...