As tarifas impostas por Donald Trump aos aliados dos Estados Unidos podem causar uma desorganização significativa no sistema comercial global, segundo o ex-embaixador do Brasil em Washington e Londres, Rubens Barbosa.
Em uma análise durante o WW desta terça-feira (4), o diplomata destacou a complexidade das relações internacionais e as possíveis consequências das ações econômicas americanas.
Barbosa alertou que, caso as medidas tarifárias sejam implementadas no próximo mês, o impacto será sentido em escala mundial. “Todos os países vão estar envolvidos direta ou indiretamente e vão, de alguma maneira, reagir, porque alguns países dependem muito do mercado americano”, explicou o ex-embaixador.
Cenário político internacional turbulento
O diplomata também abordou a situação na Ucrânia, expressando surpresa com a recente mudança de posição do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo Barbosa, essa alteração de postura pode indicar fatos desconhecidos que levaram a uma mudança tão radical em um curto período.
Além disso, o ex-embaixador comentou sobre a complexidade da situação em Gaza, mencionando a reunião dos países árabes que propuseram um plano alternativo ao de Trump. Ele destacou a resistência de Israel em se retirar de Gaza e a reação do Hamas ao acordo feito entre os países árabes.
Incertezas e expectativas
Barbosa ressaltou a natureza inusitada da situação atual, tanto do ponto de vista das relações internacionais quanto da ordem econômica. “É uma situação tão inusitada do ponto de vista das relações internacionais, da ordem econômica, que ninguém está se manifestando, está todo mundo esperando para ver o próximo passo para se posicionar”, observou.
O ex-embaixador concluiu sua análise sugerindo que pode haver novidades desconhecidas em relação às ações de Trump, indicando que o cenário internacional permanece em constante evolução e requer atenção contínua dos observadores e analistas políticos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Tarifas vão desorganizar comércio global, diz ex-embaixador ao WW no site CNN Brasil.