Desde que Maidê Mahl foi encontrada debilitada em um hotel de São Paulo, em novembro do ano passado, e precisou ser internada às pressas, Mariah Eveline tem sido uma figura fundamental na vida da atriz. Psicoterapeuta e psicanalista, Mariah é amiga de longa data da atriz e interrompeu sua carreira profissional para se dedicar integralmente à recuperação de Maidê, hoje internada no IMREA, considerado o maior centro de reabilitação da América Latina. Com exclusividade ao portal LeoDias, Mariah relatou o processo de superação.
“Sou uma pessoa que acredita no amor, na compaixão. Minha relação de amizade com Maidê sempre teve um elogio forte. O que me motiva é o amor. Faria tudo novamente. Estou consciente que não é um processo fácil mas possível”, contou Mariah, que acompanha cada pequeno avanço de perto, mesmo diante de dias exaustivos. “Às vezes me sinto exausta. Mas cuido de mim e tenho minha rede de apoio”.
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O maior desafio, segundo ela, foi lidar com a dor de ver Maidê em estado tão vulnerável. “Meu maior desafio foi manter minha saúde mental. Sofri muito com isso. Quando ela sai da UTI para a enfermaria eu fico um pouco mais tranquila, porém outros desafios surgiram”, revelou a psicanalista, que diz ter ficado preocupada com questões de dignidade à amiga, como moradia, dinheiro, medicamentos e locomoção.
Cada conquista de Maidê na recuperação é, para Mariah, uma vitória compartilhada. Ao portal, ela relembrou momentos emocionantes, como quando, ainda na UTI, cantava para a amiga e via respostas que, para os médicos, eram apenas espasmos; mas para ela eram sinais de resistência: “Certo dia, eu estava cantando ‘Entra na minha casa… entra na minha vida…’ segurando a mão dela. Então ela ficou sentada e engasgou com o tubo, pois estava entubada e os aparelhos começaram a apitar. Foi uma correria. Médicos e enfermeiros entraram no quarto. E ela agarrada em minha mão. Eu tive que sair, fiquei lá fora em lágrimas e eles ficaram estabilizando a Maidê. Então, o médico me falou: ela está tentando voltar. Nesse dia a vida dela voltou”, recordou, emocionada.
Apesar das dificuldades, Mariah também aprendeu a cuidar de si mesma. Ela faz terapia e alongamentos, e pretende retomar os atendimentos em seu consultório no segundo semestre deste ano. Desempregada, a amiga está com foco total em ajudar Maidê. “Não é uma jornada fácil. É preciso ter consciência do processo. Costumo dizer que não somente Maidê passou por um trauma, eu também passei. E por isso preciso de cuidado”, contou ela.
Apesar de no início o processo ter sido inconveniente, especialmente, como contou, por causa da imprensa na vida pessoal da psicanalista, o carinho do público através de mensagens, cartas e orações, ajudou a fortalecer a jornada. “Muitas mensagens de amor, carinho e esperança. Cartas e orações e isso fez toda a diferença. A Maidê depois do incidente agora começa a lidar com essa atenção de público e mídia. Mas isso ainda é muito gradual”, destacou. A exposição na mídia foi enfrentada com maturidade e respeito ao próprio tempo.
Hoje, Maidê segue com acompanhamento físico e emocional contínuo. “Um dia de cada vez, ela segue se fortalecendo e se regulando”, disse Mariah. A amiga ainda reforçou: “Cada dia é um dia. E cada um deles traz consigo a esperança de uma reabilitação que se torna realidade”, finalizou.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) passou a investigar o caso como lesão corporal, mas encerrou o inquérito sem explicações. O caso foi enviado para a Justiça. Perguntada sobre como está o processo de investigações, Mariah não quis dar detalhes e afirmou que corre em segredo.
Fonte: Portal LEODIAS