A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, nesta sexta-feira (25/4), que a bandeira tarifária de maio será amarela. Ou seja, será cobrada uma taxa extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos nas contas de energia elétrica no próximo mês.
A agência informou que a decisão ocorreu devido à redução das chuvas em razão da transição da temporada chuvosa para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que, nos próximos meses, poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara.
Em abril, a bandeira vigente era verde — o grau mais baixo na estrutura tarifária (veja abaixo). Com a determinação desta sexta-feira, a Aneel quebra um ciclo de cinco meses (dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril) sem tarifas extras nas contas de luz.
Sistema de bandeiras tarifárias
- Lançado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é um mecanismo que indica aos consumidores, mensalmente, a situação da geração de energia no Brasil.
- Para definir a bandeira tarifária vigente, a Aneel considera fatores, como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
- Anteriormente, as variações (para mais ou para menos) eram repassadas até um ano depois, no reajuste tarifário seguinte.
No início de abril, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, havia indicado que a bandeira de energia elétrica do mês de maio poderia ser amarela, mas afastou uma possível bandeira vermelha, que é ainda mais custosa.
“Nós não temos ainda estresse hídrico caracterizado, tampouco temos um pico de consumo evidenciado”, argumentou ele.
Com o acionamento da bandeira amarela, a Aneel reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.
Fonte: Metrópoles