Para quem sofre com artrite, fortalecer a musculatura é essencial para sustentar articulações e reduzir os desconfortos causados pela doença. A dica é do reumatologista Robert Shmerling, da Universidade de Harvard.
“A dor e a rigidez causadas pela artrite fazem com que se movimentar seja a última coisa que você deseja fazer. Mas manter-se ativo é importante. Além de ser benéfico para a sua saúde em geral, é também uma forma de fortalecer os músculos ao redor das articulações, melhorar sua amplitude de movimento e lhe dar a oportunidade de participar das atividades que você gosta”, recomendou ele para o Harvard Health Publishing em 2024.
Quais os exercícios adequados para quem tem atrite?
É importante, porém, saber escolher a atividade para não acabar piorando a condição física. A artrite é uma doença que causa inflamação constante nas articulações, especialmente nos joelhos, nos punhos e nos tornozelos. Isso leva a sintomas como dores e inchaço nessas regiões, que são tratados com medicamentos anti-inflamatórios. Shmerling destaca que é importante sempre seguir a terapia médica recomendada e que as atividades físicas não substituem o tratamento, mas o complementam.
Para evitar a formação de novas inflamações, o ideal é, segundo o reumatologista, buscar exercícios de baixo impacto, como natação, ciclismo e caminhada. Este tipo de exercício evita sobrecarga nas áreas articulações e muitas vezes pode ser feito até mesmo dentro de casa: uma leve caminhada pela garagem já ajuda.
O ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em joelho e traumatologia esportiva, concorda que a caminhada pode ser um ótimo começo para o fortalecimento e a redução das inflamações da artrite. “A caminhada é um exercício físico com efeitos colaterais mínimos, não desgasta as articulações e fortalece o corpo. Além disso, ela ajuda a manter o peso controlado, evitando a obesidade que é um dos fatores que potencializa as dores da artrite”, diz o especialista.
Indo além da caminhada, mas com segurança
Quando autorizado pelos médicos e fisioterapeutas, os treinos de força e de alongamento também ajudam no tratamento. Shmerling também recomenda práticas como o tai chi e a yoga para ajudar a preservar a mobilidade e melhorar o equilíbrio.
Exercícios de equilíbrio também são importantes, já que a doença pode aumentar o risco de quedas, mas o segredo está na progressão gradual e na adaptação bem recomendada às limitações individuais de quem tem a doença. O segredo é começar devagar, respeitando os limites do corpo, e sempre priorizar o bem-estar articular.
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Fonte: Metrópoles