Em “Vale Tudo”, Heleninha Roitman (Paolla Oliveira), demonstrou força durante meses, conseguindo manter a sobriedade em sua jornada de recuperação do alcoolismo. No entanto, o retorno inesperado de sua mãe, Odete Roitman (Debora Bloch), provoca um abalo profundo na pintora.
Web vibra com a chegada de Odete Roitman em ‘Vale Tudo’
Com os nervos em frangalhos, Heleninha procura a dra. Ana (Arieta Corrêa) para uma sessão de terapia, onde desabafa sobre seu estado emocional.
“Eu não me sinto motivada desde os 20 anos. E agora, a minha mãe pode chegar a qualquer momento, eu vou estar motivada pra quê? Só se for pra fugir!”, revela a artista plástica em um momento de sinceridade.
Percebendo o risco iminente, Ana pergunta diretamente: “Você está pensando em beber, Heleninha? Eu quero que você seja franca comigo”. Em resposta, a personagem afirma: “Estou. Mas eu não vou beber, não vou. Eu vou resistir”.
Apesar da determinação verbalizada na terapia, Heleninha não conseguirá sustentar sua promessa. A simples visão das malas da mãe bastará para desestabilizá-la por completo. Durante a chegada, Celina (Malu Galli) observa: “Gente, mas quatro malas? A Odete normalmente viaja com tão pouca coisa”.
Afonso (Humberto Carrão) ainda questiona: “Será que ela está vindo pra ficar?”. Visivelmente abalada, Heleninha responde: “Não fala isso, Afonso. Eu vou pro meu quarto”.
Trancada em seu quarto, a personagem buscará refúgio em uma garrafa de uísque escondida, sucumbindo ao vício contra o qual vinha batalhando.
Paolla mantém essência, mas ganha leveza em ‘Vale Tudo’
Esta nova versão de Heleninha traz nuances diferentes da apresentada na década de 1980. Enquanto Renata Sorrah interpretava uma personagem marcada pela dor profunda e pelas relações familiares opressivas, Paolla Oliveira apresenta uma Heleninha mais leve, embora sem perder a densidade dramática que define a trajetória da personagem.
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De acordo com Paolla, a abordagem escolhida respeita a construção original sem tentar imitá-la. “Tenho o maior respeito por ela. Não vou tentar me aproximar do que já fez. Vou por outro caminho”, afirmou a atriz. Esse posicionamento reforça o cuidado da produção em atualizar a personagem sem romper com suas raízes.
Além do comportamento, o figurino também reflete as mudanças. Se antes Heleninha escondia-se em roupas fechadas, agora surgem tecidos fluidos, blusas de alcinha e até pitadas de sensualidade. A adaptação liderada por Manuela Dias também evitou reproduzir práticas que hoje soariam problemáticas, como a menção explícita à perda de peso, respeitando debates atuais sobre gordofobia.
O drama de Heleninha continua pulsante, mas dialoga com o público contemporâneo, mostrando uma mulher ainda vulnerável, porém mais humana e atualizada para 2025.
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Fonte: OFuxico