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Bocalom põe tranca elétrica pra esposa monitorar pedintes e visitas indesejadas; Servidores reclamam de “frescura”

“Muita frescura”, reagem servidores que trabalham nos três andares da Prefeitura de Rio Branco, após Tião Bocalom mandar instalar um sistema eletrônico no acesso ao seu gabinete. O dispositivo só abre mediante um acionamento manual, por dentro do gabinete, e conta com uma câmera com imagem de boa resolução. Tudo é observado por um monitor pela mulher do prefeito, que é sua secretária pessoal, nomeada há dois meses com salário de R$ 28 mil. Um adesivo colado por dentro bloqueia a visão de quem passa pelos corredores.

A imagem que ilustra a reportagem foi enviada por um servidor que se diz “decepcionado com o excesso de zêlo do nosso prefeito”.

A ordem é permitir o acesso somente de autoridades e convidados do prefeito que não estejam em sua agenda oficial.

Bocalom foge dos cabos eleitorais que ajudaram na sua reeleição, em especial aqueles que tinham cargos na prefeitura e foram às ruas pedir votos com a promessa de que seriam reconduzidos. São centenas deles. Muitos aguardam horas para falar com o prefeito, a fim de lembrá-lo da lealdade ao projeto, mas acabam voltando pra casa ainda mais decepcionados.

A idéia da trava elétrica com monitoramento facial no gabinete do prefeito teria sido da própria primeira-dama, que “chegou chegando” para, como ela mesma disse, “botar ordem na casa”.

Quem anda descontente, também, é o secretário da Casa Civil, Valtim José, que perdeu espaços na relação pessoal com o prefeito e já não tem o poder de antes.

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