Comércio entre Brasil-EUA é recorde; déficit nacional é de US$ 654 mi

O comércio exterior entre Brasil e os Estados Unidos (EUA) foi recorde no primeiro trimestre de 2025. É o que dizem dados publicados nesta segunda-feira (14/4) pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).

Para a Amcham Brasil, o resultado “reforça a solidez da relação bilateral e o dinamismo do comércio entre os países”. Na balança comercial entre os países, os EUA tiveram superávit de US$ 654 milhões — o que representa um déficit para o Brasil — e reverteram o saldo negativo observado no início do ano passado.

O bom desempenho da relação comercial entre os países vem depois do governo do presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, anunciar tarifas recíprocas para as demais nações, o chamado “tarifaço” de Trump.

Comércio entre Brasil e EUA

A corrente de comércio (soma entre importações e exportações) entre os dois países alcançou US$ 20 bilhões no primeiro trimestre, segundo o Monitor do Comércio Brasil-EUA, publicação trimestral da Amcham Brasil.

Este é o maior valor registrado para o período desde o início da série histórica, com um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

Os destaques vão para:

  • o forte desempenho das exportações da indústria brasileira; e
  • o crescimento das importações de bens de alto valor agregado, com ênfase em tecnologia e energia.

O presidente da Amcham Brasil, Abrão Neto, disse que os resultados “reforçam a qualidade e o caráter mutuamente benéfico da relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos”.

“As empresas que participam dessa relação desejam ampliar ainda mais comércio e investimentos bilaterais”, afirma Neto.

Exportações e importações

As exportações industriais brasileiras para os norte-americanos somaram US$ 7,8 bilhões entre janeiro e março — o maior valor registrado para um primeiro trimestre.

Com isso, os EUA ampliaram a liderança como principal destino da indústria brasileira, passando a representar 18,1% do total exportado pelo setor (ante 17,7% no mesmo período de 2024).

Seis dos 10 principais produtos exportados ao mercado norte-americano registraram crescimento, com destaque para: sucos (+74,4%), óleos combustíveis (+42,1%), café não torrado (+34%), aeronaves (+14,9%) e semiacabados de ferro ou aço (+14,5%).

Além disso, a carne bovina teve alta expressiva de 111,8%, ocupando a nona posição.

No lado das importações, o Brasil comprou US$ 10,3 bilhões em produtos dos Estados Unidos no trimestre, um crescimento de 14,7%. A maior aquisição foi de bens manufaturados (89,2%) — máquinas, medicamentos, petróleo e equipamentos de processamento de dados.

As compras de petróleo bruto aumentaram 78,3%, revertendo a tendência de queda anterior e impulsionando o setor energético. Enquanto as importações de gás natural recuaram, refletindo a menor demanda no início do ano.

Tarifaço traz “incerteza”, avalia Amcham

A Amcham Brasil avalia que, embora tenha sido registrado um resultado positivo no primeiro trimestre, o cenário futuro “requer atenção”. Isso porque os EUA anunciaram uma série de tarifas contra importações de outros países.

Foram anunciadas a aplicação de tarifas de 10% para exportações brasileiras e 25% sobre aço, alumínio e autopeças (automóveis e peças). A Câmara Americana considera que as recentes medidas protecionistas dos EUA “introduzem um ambiente de maior incerteza”.

“É fundamental preservar as condições para que o comércio entre Brasil e Estados Unidos continue gerando inovação, empregos e desenvolvimento para ambos os países”, ponderou Neto.



Fonte: Metrópoles

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