Como funciona a nutrição parenteral usada por Bolsonaro na UTI

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após ter sido submetido a uma cirurgia em 13 de abril para tratar uma obstrução intestinal.

Segundo o último boletim médico, divulgado neste sábado (26/4), Bolsonaro está com sinais de gastroparesia, um retardo do esvaziamento do estômago, e, por isso, segue em nutrição parenteral exclusiva.

O que é a nutrição parenteral?

A nutrição parenteral total (NPT) é uma forma de alimentação artificial administrada diretamente na corrente sanguínea.

O método dispensa o uso do trato gastrointestinal e é indicado em casos em que o intestino não pode ser utilizado de forma eficaz ou segura, como em obstruções intestinais, quadro que levou o ex-presidente à nova cirurgia.

Segundo a nutricionista Suiam Mazzarollo, que atende no Rio Grande do Sul, a NPT é composta por uma mistura de glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas, minerais e eletrólitos, feita de forma individualizada e preparada em ambiente hospitalar estéril.

“É um suporte fundamental em situações em que o intestino não pode ser usado temporariamente. O objetivo é manter as funções vitais e preservar a massa magra do paciente”, explica a nutricionista.

Quando a NPT é usada e quais os cuidados necessários?

A estratégia é comum em situações como doença de Crohn em fase aguda, pancreatite grave, fístulas de alto débito e pós-operatórios complexos. No caso de Bolsonaro, que já passou por diversas cirurgias abdominais, o uso da NPT permite que o corpo continue recebendo os nutrientes essenciais enquanto o intestino se recupera.

O gastroenterologia Alexandre Carlos, coordenador do Centro Diagnóstico e médico assistente do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que, embora eficaz, a nutrição parenteral exige acompanhamento constante por uma equipe especializada.

“Ela pode suprir 100% das necessidades nutricionais, mesmo por períodos prolongados, mas precisa ser bem planejada e monitorada. O ideal é que seja usada apenas pelo tempo necessário”, ressalta.

Entre os riscos, estão infecções — já que o cateter pode permitir a entrada de bactérias na corrente sanguínea —, além de complicações no fígado, alterações nos níveis de eletrólitos como potássio e fósforo e formação de coágulos na veia onde está o acesso.

Ainda assim, quando indicada corretamente, a NPT contribui para a recuperação do paciente ao permitir que o intestino “descanse” e ao prevenir a desnutrição, ajudando na cicatrização e na resposta ao tratamento.

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Fonte: Metrópoles

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