Os 13 integrantes da “quadrilha do pix”, presos em uma operação conjunta do GAECO E BOPE, ganharam a liberdade provisória, em audiência de custódia. O grupo criminoso terá que cumprir uma série de medidas cautelares determinadas pela justiça e em caso de descumprimento podem ter a prisão preventiva decretada.
A decisão foi do Juiz da Vara das Garantias durante audiência de custódia, encerrada no fim da tarde de quinta-feira, 3, no Fórum Criminal.
Maxiana Bessa Carioca, apontada como uma das líderes da quadrilha, deixou a delegacia na última quarta-feira, 2, após pagar R$ 10 mil em fiança. Foram apreendidos dezenas de celulares e mais de 200 chips.
“Aqui não tem pé rapado. Todos estão bem vestidos e levam uma vida boa”, disse reservadamente um investigador.
Os outros 12 acusados são Ana Kellry da Silva Vasco, Bianca Oliveira da Silva, Ricardo Pires Carioca, Bruno Silva do Couto, Dhemeson Valente da Silva, Geovana Camurça do Nascimento, Igor Silva de Souza, Pedro Henrik da Rocha Ferreira, Tais Simões Azevedo, Tarsila do Nascimento Dias, Thays Lopes de Lima e Wellington Alves da Silva. Todos deixaram a cadeia na tarde de quinta-feira, 3.
Além da monitoração eletrônica, o grupo está proibido de manter contato entre si e deve manter distância um do outro por 200 metros.
Como agiam?
De acordo com a investigação a quadrilha era comandada pelo casal Bruno Ricardo Pires Carioca e Maxiana Bessa Carioca. Contratavam profissionais altamente habilidosos em informática com a missão de acessar o aplicativo bancário das vítimas. Levantavam a vida social delas e, a partir de dados da Serasa, faziam contato comunicando negociações de dívidas.
O levantamento do GAECO revela que os comparsas eram obrigados a cumprir “jornadas de trabalho semanais” e bater metas pré-estabelecidas. Por dia, cada integrante da quadrilha tinha que arrecadar R$ 10 mil – ou R$ 50 mil por semana. Por mais de s eis meses, a conseguiu desviar cerca de R$ 1,7 milhão mensais. As vítimas são um número ainda não revelado de idosos, alvo preferencial dos criminosos.
O processo é sigiloso, mas a reportagem obteve os nomes dos acusados. A identidade das vítimas não será revelada. Trata-se de pessoas com pouco conhecimento, que, por meio de orientações de terceiros, procuraram as autoridades após identificarem o esvaziamento contínuo de suas contas bancárias.