As exportações brasileiras de ovos aumentaram 342,2% em março, mostra levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No mês, o principal destino da proteína foram os Estados Unidos (EUA).
Em março, o Brasil vendeu para o exterior 3.770 toneladas, valor superior às 853 toneladas vendidas no mesmo período de 2024.
Ao todo, a exportação brasileira de ovos somou US$ 8,65 milhões no mês — o que representa um crescimento de 383% em comparação aos US$ 1,79 milhão registrados em março do ano passado.
A crise dos ovos
- O preço dos ovos de galinha teve alta de 40% na segunda quinzena de janeiro, segundo a Abras.
- Os preços dos ovos de galinha cresceram 0,89% em janeiro e recuaram 1,91% em 12 meses.
- Para o presidente Lula, é “absurdo” uma caixa com 30 ovos ser vendida a R$ 40.
- Governo aposta na queda do dólar e em uma “supersafra” de 2025 para reduzir os preços.
- A inflação acumulada em 12 meses é de 5,06%. Em fevereiro, o grupo Alimentação e bebidas subiu 0,70%.
- A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024.
No acumulado do ano, as exportações atingiram 8.654 toneladas, uma alta de 97,2% frente ao mesmo período do ano passado, quando 4.388 toneladas foram exportadas. Em receita, o crescimento foi de 116,1%, alcançando US$ 17,77 milhões em 2025.
O principal destino das exportações de ovos, entre janeiro e março, foram os Estados Unidos. Os norte-americanos importaram 2.705 toneladas, saldo 346,4% maior em relação ao mesmo período de 2024.
Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o resultado positivo ocorreu em função da abertura do mercado dos EUA, que sofrem com um surto de gripe aviária que encareceu a proteína. Uma dúzia de ovos chegou a custar US$ 15.
“Ao mesmo tempo em que se preserva a oferta de produtos para o mercado interno, as exportações, que representam em torno de 1% do total produzido no país, representam uma conquista importante para o avanço do segmento”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Depois dos EUA, aparecem como destinos dos ovos brasileiros os Emirados Árabes, com 1.422 toneladas (-9%), Chile, com 1.182 toneladas (+65,4%), Japão, com 846 toneladas (132,4%) e México, com 576 toneladas.
Fonte: Metrópoles