Galípolo critica subsídios: “Perversos e regressivos à sociedade”

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, criticou, nesta terça-feira (1º/4), o número de subsídios concedidos no Brasil. Para o chefe da autoridade monetária, o país tem uma série de “subsídios cruzados, perversos e regressivos à sociedade brasileira”.

“É importante a gente normalizar a política monetária para poder superar um equilíbrio, onde alguns grupos conseguem exceções para poderem pagar menos, enquanto uma grande maioria é obrigada a pagar mais em compensação”, disse Galípolo durante sessão solene, na Câmara dos Deputados, em homenagem aos 60 anos do Banco Central do Brasil.


Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
  • São esperadas novas altas nos juros ainda no primeiro trimestre, com taxa Selic próxima a 15% ao ano.
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.

Segundo ele, esses ônus e bônus, talvez, sejam mais evidentes para o BC. “Todo mundo gostaria de poder receber o benefício dos dois lados, mas cabe a gente também quanto ao Banco Central explicar, poder transparecer e discutir melhor essas questões com a sociedade. Esse é um dos principais desafios da autoridade monetária, o tema da comunicação”, ponderou o presidente.

A solenidade contou com a presença de autoridades, ex-presidentes do BC e políticos.

Política monetária

Galípolo ainda disse que os canais de transmissão da política monetária para a economia não funcionam no Brasil “com a mesma fluidez” monitorada em outros países.

Assim, o presidente do BC afirmou que essa característica do cenário brasileiro condiciona a autoridade monetária a ter que, eventualmente, “dar doses maiores do remédio [os juros]” para conseguir o mesmo efeito.

No fim de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que o ciclo de aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros) “não está encerrado”, mas que a próxima elevação “seria de menor magnitude”. A taxa básica de juros (a Selic) está em 14,25% ao ano.

Esse foi o quinto aumento seguido da taxa Selic, o ciclo de aperto monetário começou em setembro. Os juros estão no mesmo patamar de 2015 e 2016, época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).



Fonte: Metrópoles

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