Galípolo: regulamentação do VR é da alçada do Ministério do Trabalho

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira (29/4) que a regulamentação do vale-alimentação (VA) e do vale-refeição (VR) — aposta do governo Lula para reduzir a inflação dos alimentos — é um tema da alçada do Ministério do Trabalho e Emprego.

“O Banco Central, como vocês sabem, não desenvolve e não formula qualquer tipo de política pública nesse sentido. Obviamente, está sempre à disposição para colaborar no desenvolvimento técnico do que for necessário”, disse o presidente do BC.

Ele ainda disse que, no momento em que os poderes democraticamente eleitos entenderem que a instituição deve assumir algum tipo de função, cabe ao Banco Central desempenhá-la, “desde que tenha as condições e os recursos para isso e que faça sentido”.

Regulamentação do PAT

A regulamentação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) foi discutida em reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e com o presidente do Banco Central, no dia 9 de abril. Como mostrado pelo Metrópoles, existe hoje um impasse com a autoridade monetária sobre a forma de se fazer a administração do negócio.

Depois da reunião, Haddad disse que o governo prepara o anúncio das novas regras que regulamentam o PAT, que seriam publicadas “nos próximos 30 dias”, ou seja, até maio.


Entenda o PAT

  • O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) é uma iniciativa governamental que oferece benefícios de alimentação para trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos.
  • A adesão das empresas não é obrigatória. Em contrapartida, os participantes são beneficiados com incentivos fiscais nos gastos com vale-alimentação (VA) e vale-refeição (VR), desde que o subsídio seja concedido a todos os funcionários da empresa.
  • O governo estuda colocar em prática a regulamentação da portabilidade e da interoperabilidade do benefício. A portabilidade garante ao trabalhador o direito de escolher em qual cartão ele prefere receber o auxílio, enquanto a interoperabilidade permite que uma única máquina de cartão passe todos os benefícios.
  • Supermercados levaram ao governo a proposta de reestruturar o PAT, implementando o chamado PAT eSocial.
  • Para as empresas de benefícios que já operam no mercado, no entanto, as mudanças não devem refletir nos preços dos alimentos.

A autoridade monetária não encara esse mercado como um risco ao sistema de pagamentos brasileiro e tem reforçado que não fará a regulamentação do segmento.

A alternativa seria atribuir essa competência ao Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão superior do Sistema Financeiro Nacional, composto pelo próprio BC e pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. O CMN se reúne uma vez por mês.



Fonte: Metrópoles

Flip 2025: confira a programação oficial deste domingo (3)

Neste domingo (3), a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) chega ao fim com seu último dia de programação. A 23ª edição do evento reuniu escritores,...

Série B: Léo Gamalho estreia com dois gols e Botafogo-SP vence o América-MG

O Botafogo-SP derrotou o América-MG por 2 a 1, fora de casa, na noite deste sábado (2), em jogo válido pela 20ª rodada da...

Ataque ucraniano provoca incêndio em depósito de petróleo na Rússia

Um ataque de drones ucranianos atingiu um depósito de petróleo na cidade de Sochi, na Rússia, neste sábado (2). Segundo informou o governador regional Veniamin...