Hipertensão: médicos explicam como aferir a pressão de forma correta

A hipertensão arterial atinge uma em cada três pessoas no mundo, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). No Brasil, mais de 36 milhões vivem com a doença, muitas vezes sem saber, o que aumenta o risco de infarto, AVC e outras complicações graves.

Aferir a pressão em casa pode ajudar a identificar alterações precocemente, mas o procedimento exige cuidados. “É preciso seguir um protocolo para garantir resultados confiáveis”, afirma Leonardo Duarte, cardiologista do Hospital Alvorada, da rede Américas.


O que é hipertensão?

  • A pressão alta, ou hipertensão arterial, ocorre quando há uma alta força exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sanguíneos, quando ele é bombeado pelo coração.
  • A medicina considera que há um quadro de pressão alta quando os valores ultrapassam os 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio) ou 14 por 9.
  • Tontura, falta de ar e dor de cabeça são sintomas comuns da pressão alta. No entanto, na maioria das vezes, a pessoa não apresenta indícios que acusem o problema e só o descobre quando o quadros é grave.
  • Apesar de não ter cura na maioria das vezes, a hipertensão tem controle com medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis.

Como medir corretamente?

Segundo Duarte, a medição deve ser feita com aparelhos certificados e calibrados pelo Inmetro, preferencialmente de braço. O ambiente precisa estar calmo, e a pessoa deve permanecer sentada, com o braço apoiado na altura do coração, após pelo menos cinco minutos de repouso. “Evite cafeína, álcool ou cigarro antes da aferição”, orienta.

A recomendação é realizar três medições com intervalos de um a dois minutos, descartando valores fora da curva. O posicionamento também faz diferença. “Uma pequena variação na altura do braço pode alterar significativamente o resultado”, alerta Elisa Frattini, cardiologista do Hospital Brasília. Por isso, ela desaconselha o uso de aparelhos de pulso, que tendem a ser menos precisos.

Outros erros comuns são medir a pressão com a bexiga cheia, logo após a atividade física ou sem preparo adequado. “Esses fatores interferem nos resultados e podem gerar diagnósticos equivocados”, ensina Elisa.

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Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial

Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente
Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos
A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia
Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão
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A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg

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Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial

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Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente

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Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos

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A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia

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Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão

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Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis

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Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados

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Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos

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Novas diretrizes e importância do acompanhamento

As diretrizes europeias de 2024 introduziram um novo conceito de pressão “não elevada”, com valores inferiores a 120/70 mmHg. “Indivíduos com essa pressão têm risco reduzido de eventos cardiovasculares e devem manter hábitos saudáveis para preservar o padrão”, explica Duarte.

Ele ressalta que o controle da hipertensão não se limita à medição caseira. Alimentação balanceada, atividade física regular, redução do sal e controle do peso são fundamentais. “A pressão alta é silenciosa, mas hábitos preventivos têm grande impacto na saúde cardiovascular”, afirma.

A cardiologista Elisa acrescenta que o diagnóstico deve considerar também o risco cardiovascular global, que envolve fatores como colesterol, tabagismo e diabetes. Em alguns casos, exames como escore de cálcio cardíaco ou ultrassom de carótidas ajudam a avaliar lesões silenciosas.

“Pressão alterada em casa ou dúvidas sobre os valores devem ser levados a um cardiologista, que fará a avaliação completa e indicará a melhor conduta para cada caso”, orienta.

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Fonte: Metrópoles

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