Adriana Sant’Anna compartilhou nas redes sociais a realidade de sua pele, após descobrir que possui intolerância à histamina. Apesar de ser uma condição ainda pouco conhecida, o problema de saúde pode causar fortes alergias no corpo e rosto. Para entender melhor a questão da ex-bbb, o portal LeoDias procurou o Dr. Neto Borghi, clínico geral e nutrólogo, membro titular da sociedade de nutrologia (ABRAN).
“A histamina é uma substância naturalmente presente no nosso corpo, envolvida em diversas funções, como resposta inflamatória, digestão e regulação do sono. No entanto, algumas pessoas apresentam uma dificuldade em metabolizar a histamina que consomem através dos alimentos. Isso acontece, principalmente, por uma deficiência da enzima diaminoxidase (DAO), responsável por degradar esse composto no intestino. Quando a histamina se acumula, surgem os sintomas da intolerância”, esclareceu o médico especialista em emagrecimento, Vitaminas e hormônios.
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Segundo o nutrógolo, os sintomas da doença são variados e muitas vezes inespecíficos, o que pode dificultar o diagnóstico. Os mais comuns incluem:
- Inchaço abdominal, gases, diarreia ou constipação;
- Dores de cabeça ou enxaqueca;
- Urticária, vermelhidão ou coceira na pele;
- Congestão nasal ou sintomas semelhantes aos de uma rinite;
- Queda de pressão, palpitações ou tontura;
- Ansiedade e alterações de humor.
Para identificar essa intolerância no corpo, é essencial realizar uma avaliação clínica minuciosa e personalizada. O diagnóstico é clínico, baseado na história alimentar, nos sintomas e na exclusão de outras doenças. Embora existam exames laboratoriais que dosam a atividade da enzima DAO ou os níveis de histamina no sangue, eles não são amplamente disponíveis nem totalmente confiáveis. Na prática, o que mais utilizamos como ferramenta diagnóstica é a dieta de exclusão alimentar supervisionada e a observação da resposta clínica do paciente.
O médico ressaltou que o foco do tratamento está na modulação da alimentação e da saúde intestinal. A estratégia é sempre individualizada, considerando o estilo de vida, a rotina alimentar e o histórico clínico de cada paciente. O plano pode incluir:
- Dieta com baixo teor de histamina;
- Uso de suplementos que auxiliam na degradação da histamina, como a própria enzima DAO;
- Reforço de nutrientes que participam do metabolismo da histamina, como vitamina B6, vitamina C, zinco e magnésio;
- Tratamento de disbiose intestinal, que pode estar contribuindo para o acúmulo da histamina.
Para ter sucesso no tratamento, pacientes com intolerância à histamina devem evitar alimentos ricos em histamina ou que estimulam sua liberação. Entre eles, queijos curados, embutidos e defumados; Peixes enlatados ou fermentados (como atum, sardinha, anchova); Bebidas alcoólicas, especialmente vinho tinto; Frutas como abacate, banana, morango e tomate; Alimentos fermentados (como chucrute, kefir e kombucha) e Chocolate e produtos com cacau. Apesar disso, é importante reforçar que a exclusão não deve ser feita sem acompanhamento, para evitar deficiências nutricionais.
Em seu relato sobre a doença, a influenciadora afirmou que quer cuidar da saúde para engravidar novamente do marido Rodrigão. O especialista então reforça a importância de passar pelo tratamento antes de uma possível gestação.
“Sim, é altamente recomendado. Durante a gestação, há alterações naturais na imunidade e no sistema gastrointestinal que podem agravar os sintomas da intolerância à histamina. Além disso, o excesso de histamina pode aumentar o risco de complicações como enjoos intensos, contrações uterinas prematuras e até abortos espontâneos em casos mais graves. Por isso, ao identificar essa condição previamente, conseguimos controlar os sintomas, equilibrar o organismo e oferecer mais segurança para a futura mãe e o bebê”, finalizou doutor Neto Borghi.
Fonte: Portal LEODIAS