Enquanto os fãs de Lady Gaga vivem a expectativa de revê-la nos palcos brasileiros com o megashow “Mayhem na Praia”, no Rio de Janeiro, o portal LeoDias se antecipa e faz justiça a algumas faixas da diva pop que, apesar de amadas por uma parcela fiel de little monsters, raramente figuram nas setlists de suas turnês.
Com uma discografia marcada por experimentações sonoras, conceitos ousados e letras que desafiam padrões, Gaga tem um verdadeiro tesouro de músicas “lado B” que merecem um lugar de destaque. A equipe do portal seleciona, a seguir, as músicas que, se fossem lembradas no set do Rio, arrancariam gritos e lágrimas da plateia.
Veja as fotos
Heavy Metal Lover (Born This Way, 2011)
Que o “Born This Way” é um hinário, todos sabem. Em meio a tantos hits como “Judas”, “You and I”, “Edge of Glory” e “Marry the Night”, “Heavy Metal Lover” é uma síntese da sonoridade do terceiro álbum de estúdio da americana. Com pouquíssima letra e uma batida marcante, esta é um clássico moderno e uma favorita dos fãs. Se fosse single, daria o que falar.
Americano (Born This Way, 2011)
Através de um ritmo frenético e letras contagiantes, Lady Gaga aborda em “Americano” temas como o casamento homossexual na Califórnia e a questão da imigração nos EUA. Um hit atemporal, que entrega um enredo digno do cinema hollywoodiano.
Venus (ARTPOP, 2013)
Lançada como parte do injustiçado ARTPOP (2013), “Venus” é um exemplo claro de como Lady Gaga estava à frente do seu tempo. Com produção eletropop futurista, provavelmente seria vista como um hit cult e se fosse lançada em 2025, com certeza seria um dos virais no TikTok
Eh Eh (Nothing Else I Can Say) (The Fame, 2008)
Talvez uma das canções mais diferenciadas de Lady Gaga, “Eh Eh (Nothing Else I Can Say)” é um hino atemporal das românticas que se inspiram na ousadia da cantora; mas aqui de forma mais suave, algo que destoa do perfil da diva pop. Quem escuta essa música não imagina que é do mesmo álbum da faixa “Poker Face”. É que Gaga se apresenta mais sonhadora, até mesmo na forma de cantar. Não é marcada pelas batidas eletrônicas e sintetizadores como na maioria das canções de seu álbum de estreia. Em “Eh Eh”, Gaga ousa em mostrar a única faixa mais voltada ao bubblegum pop, subgênero musical que conquistou adolescentes nos anos 1980. O clipe também é colorido, remete a um mundo “cor-de-rosa”. Talvez, seja a canção mais “mocinha” da cantora, contida e melódica, tentando refletir a temática da música sobre o término de um relacionamento e a descoberta de um novo amor.
Fashion! (ARTPOP, 2013)
“Fashion!” faz parte do controverso “ARTPOP”, de 2013. A versão lançada é um pop dançante, com direito a acordes de piano nos versos e uma pegada levemente eletrônica no refrão, com letras aludindo a David Bowie. O que muitos não sabem é que a versão “demo” da música é muito mais dançante, com uma pegada electro mais forte, porém foi descartada após ser comparada as músicas do álbum, na época novo, do duo francês Daft Punk. A música foi performada no especial “Lady Gaga and the Muppets Holiday Spectacular”, ao lado da famosa drag queen RuPaul.
Swine (ARTPOP, 2013):
Poucas músicas da carreira de Lady Gaga canalizam tanta raiva e dor quanto “Swine”. Com um instrumental explosivo que flerta com o dubstep e o rock industrial, a faixa se tornou símbolo da luta da artista contra traumas pessoais e abuso, além de uma possível indireta para o desafeto Perez Hilton. É uma canção catártica, feita para ser berrada — não cantada — e que, em um show como o que ela fará no Rio de Janeiro, teria o poder de transformar a praia em um palco de purgação coletiva. Ignorada por muitos, mas inesquecível para quem entende a profundidade da obra de Gaga.
— Luiz Henrique Oliveira, editor-chefe
The Cure (2017)
Datada que só, mas uma delícia! “The Cure” foi um lançamento avulso de Gaga para o Coachella de 2017, o qual ela foi headliner. Com um pop eletrônico como Chainsmokers e Selena Gomez da era droplet, a canção possui um refrão divertido e um beat nostálgico. Performada ao vivo, a música ganha outra aura e poderia ser um trunfo e um entretenimento diferente para o público do Gagacabana.
Government Hooker (Born This Way, 2011):
Pulsante, obscura e provocadora, “Government Hooker” é um dos destaques conceituais do disco Born This Way (2011). Com produção de DJ White Shadow e letras que misturam política, sexualidade e dominação, a faixa é uma viagem cyberpunk à mente de Gaga. Sua atmosfera industrial e teatralidade fariam dela um número inesquecível ao vivo, especialmente em um espetáculo tão grandioso quanto o planejado para o Rio. Uma escolha perfeita para quem deseja ver a cantora em sua forma mais performática e subversiva.
— Luiz Henrique Oliveira, editor-chefe
Fonte: Portal LEODIAS