Na noite de 12 de março do ano de 2017, na Estrada do São Francisco, em Rio Branco, dois criminosos armados invadiram uma lanchonete e fizeram vários disparos contra o proprietário.
O crime aconteceu na presença de clientes, da esposa e dos filhos da vítima.
Tássio Cleiton Ferreira Alexandrino, de 37 anos, ainda chegou a ser socorrido, mas morreu no pronto socorro da capital.
Na época, em plena guerra entre organizações criminosas, o caso teve grande repercussão, mas a investigação não avançava, principalmente por falta de testemunhas.
“As pessoas que presenciaram tinham medo de depor”, disse um investigador que trabalhou no caso.
Agora, oito anos e um mês após o crime, a Delegacia de Homicídios da Polícia diz ter elucidado o caso, e deu nomes aos envolvidos na trama criminosa.
Railan da Silva Santos, o “Marechal” (foto acima), considerado o número “1” da facção Comando Vermelho no Acre, e Selmir da Silva Almeida Melo, o número “2” do CV, foram, segundo a polícia, os mandantes.
Os mandados de prisão de Railan e Selmir foram cumpridos na ultima quarta-feira,9, na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
As duas lideranças foram as responsáveis por comandar a rebelião, ocorrida em julho de 2023, no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves. O motim resultou na morte de cinco presos, sendo que três foram decapitados.
Um terceiro envolvido identificado por Gabriel também teve o mandado de prisão expedido. Um dos autores do homicídio, que na época era menor, chegou aos 21 anos e não será responsabilizado por conta da extinção da pena. O quinto envolvido no crime, nome não revelado, foi assassinado em Rio Branco.
De acordo com a investigação, o homicídio de Cássio foi motivado pela disputa de território pelo comando do tráfico de drogas na região do São Francisco.