Maia Hazel se posiciona sobre filme Geni e o Zepelim

Maia Hazel opinou sobre a recente polêmica envolvendo o filme Geni e o Zepelim, adaptação da canção clássica de Chico Buarque, dirigida por Anna Muylaert. Desde o anúncio do elenco, a produção tem sido alvo de críticas, especialmente após a confirmação de que a personagem Geni será interpretada por Thainá Duarte, atriz cisgênero.

Hazel, que ganhou projeção nacional por seu trabalho na novela “Quanto Mais Vida Melhor”, onde interpretou a personagem Morte, destacou que a escolha do elenco não é apenas uma questão artística, mas atravessa debates urgentes sobre representatividade e identidade.

“Eu sou preta, sim. E queria fazer Geni”, afirmou, ao comentar o apagamento de corpos trans e pretos em papéis que tocam diretamente essas vivências. “Talvez, pelo visto, não seja preta o suficiente para viver Geni nos cinemas brasileiros. Essa escolha me atravessa — não só como atriz, mas como mulher preta, periférica e trans.”

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Hazel compartilhou ainda um relato pessoal sobre suas origens e experiências de violência, lembrando sua bisavó, Maria Cristina da Silva, que chegou ao Brasil em um navio negreiro. “Essa é a história do meu sangue. Da minha pele. Da minha origem.”

Apesar das críticas, a artista deixou claro que seu posicionamento não é motivado por ressentimento, mas por uma responsabilidade com a própria história: “Não conto histórias tristes em busca de comoção — até porque nunca reivindiquei cota, por entender o colorismo e os espaços que ocupo.”

Sobre sua preparação para o papel, Hazel afirmou: “Estou pronta. Estudei. Pesquisei. Tenho um currículo construído com suor, dor, entrega e excelência artística.”

Ela encerrou sua fala desejando sucesso ao projeto, mas reforçou a necessidade de discutir o apagamento de narrativas reais: “Desejo axé para esse filme, de coração. Mas o que estão fazendo com a minha identidade é mais uma violência simbólica. E eu preciso dizer, com todas as letras: VOCÊS NÃO VÃO ME APAGAR.”

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Fonte: OFuxico

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