Marco Nanini está em cartaz com Traidor, espetáculo com apresentações neste fim de semana no Teatro da Caixa Cultural, em Brasília. Aos 76 anos, o ator roda o país com o monólogo e, em conversa com o Metrópoles, falou sobre a importância do teatro, sua conexão com diferentes gerações e os projetos que ainda alimenta para o futuro — aposentadoria, ele garante, não está nos seus planos.
Em 2025, Nanini completa 60 anos de carreira. Ao refletir sobre a própria trajetória, o ator resume tudo em uma palavra: alegria.
“Por causa das emoções que me proporcionaram, todas essas peças, todos esses personagens. Por ter descoberto uma técnica para trabalhar. Você não pode simplesmente chegar e se apresentar, precisa se preparar. Eu fiz aula de esgrima para ter mais elasticidade no corpo. Isso depende de vocação. Eu resolvi ser ator e estou muito feliz. Cada um tem a sua arte”, afirmou.
Mesmo com uma longa estrada nos palcos, Nanini continua em movimento — e com muitos planos em mente. “Eu posso morrer a qualquer momento, mas morro com muitos projetos. Prefiro isso do que morrer sem nenhum. Já tenho três peças que quero fazer. Eu fico nessa, me divertindo e pensando lá na frente”, contou.
Traidor
O espetáculo Traidor, protagonizado por Marco Nanini, esteve em cartaz em Brasília desde quinta-feira (3/4) e encerra temporada neste domingo (6/4), no teatro da Caixa Cultural.
No monólogo, o ator interpreta um homem isolado em uma ilha deserta, acusado de um crime que não cometeu. A narrativa se desenrola inteiramente na mente do personagem, que lida com memórias do passado, questionamentos sobre o presente e projeções para o futuro.
Dirigida por Gerald Thomas, a peça carrega as marcas autorais do encenador. “Ele tem um jeito próprio de conceber as peças. Criou esse personagem que entra em delírio por conta das questões que o cercam”, comenta Nanini. “A peça conta com muitos efeitos. E, embora seja um monólogo, divido o palco com mais quatro atores que representam projeções da imaginação desse homem.”
Fonte: Metrópoles