Uma perícia na Ford Ranger vermelha, envolvida num trágico acidente com duas mortes, na Via Verde, próximo à cabeceira da Terceira Ponte, na semana passada, em Rio Branco, pode determinar ter havido fatalidade.
Familiares dos dois técnicos em monitoramento de sistema, funcionários da empresa Estação VIP, mortos na colisão da Ranger com três motocicletas, também aguardam conclusões da polícia.
O condutor Talisson Duarte, que ainda não se apresentou para prestar depoimento na delegacia, atendendo orientações de seus advogados, espera que a perícia aponte falha mecânica no veículo. Três fatores corroboram a seu favor: estava chovendo muito no momento do acidente, ele não estava embriagado e mesmo sob ameaças de populares permaneceu no local até a Polícia Rodoviária Federal chegar. Apesar disso, os investigadores não descartam ter havido imperícia por parte do motorista.
No entanto, ainda é um mistério a razão pela qual Talisson foi liberado pela PRF para ir pra casa. Ele não deveria ser preso, segundo normativas do Código de Trânsito Brasileiro, mas sua condução à delegacia da região não podia ser desconsiderada. É a opinião de vários especialistas ouvidos pela reportagem. Um deles é taxativo: “deveria ter sido conduzido, sim, para ser ouvido e aguardar posição do delegado da área”.
Uma confusão de opiniões ainda repercute após o deputado federal Ulisses Araújo acusar a PRF de omissão, prevaricação e crime. O sindicato que representa os agentes da PRF reagiu, criticando o parlamentar e assegurando que todo o procedimento adotado está dentro da lei.