Pessoas com diabetes não podem tomar chás? Nutricionistas explicam

Os chás são bem-vindos dentro de uma alimentação saudável, alguns podem ser aliados do organismo para combater doenças. Entretanto, isso não significa que eles podem ser consumidos por todos. Certas infusões podem ser prejudiciais para algumas pessoas, como pacientes com diabetes, por exemplo.

Um dos principais riscos aos quais os especialistas chamam atenção é que alguns pacientes tentam substituir a medicação prescrita para controlar a doença por chás de plantas medicinais.

“Quando falamos de diabetes, nenhuma terapia é milagrosa, nem mesmo os remédios mais avançados. Os tratamentos são feitos a longo prazo e precisam respeitar as indicações médicas de dieta, realização de exercícios e o uso dos medicamentos”, pontua a endocrinologista Lygia Gayoso, da Prime Care Complex, de São Paulo.

Excesso de açúcar é principal risco

Mesmo os pacientes que seguem o tratamento à risca devem ter cuidado com os tipos de chás consumidos e as quantidades ingeridas. De modo geral, infusões à base de ervas podem fazer parte da rotina de quem tem diabetes, desde que sejam consumidas sem aditivos.

O hábito de adoçar, mesmo que com mel, ou adicionar leite, altera os níveis glicêmicos da bebida e podem prejudicar o manejo da doença.

A atenção deve se estender aos produtos industrializados. Versões prontas, como chás saborizados e de saquinho, muitas vezes contêm açúcares ocultos. Ler os rótulos dos alimentos é essencial para evitar picos glicêmicos indesejados.

A nutricionista Aline Maboni, de Niterói (RJ), afirma que o ideal é que pacientes com diabetes não modifiquem a dieta de forma alguma sem consultar o médico. “No geral, os chás sem açúcar em si não oferecem riscos para os pacientes quando a doença está bem controlada, mas o ideal é perguntar para a equipe de saúde antes de mudar um hábito de ingestão”.

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

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Chás que devem ser consumidos com moderação por pessoas com diabetes

Alguns chás com plantas medicinais podem reagir negativamente com os remédios para controle da diabetes, levando a efeitos colaterais perigosos, aleta o nutricionista Leandro Rodrigues da Cunha, conselheiro do Conselho Regional de Nutrição da 1ª Região (CRN-1). Entre eles, estão:

  • Canela e camomila: diminuem os níveis de açúcar no sangue, o que pode se combinar com os efeitos dos medicamentos levando à hipoglicemia, condição potencialmente fatal.
  • Hibisco: além de diminuir a glicose do sangue, o chá de hibisco potencializa a produção de insulina, o que eleva ainda mais o risco.
  • Chá preto e chá verde: por conter cafeína, eles aceleram o organismo e podem alterar o metabolismo ao serem consumidos em excesso.
  • Chás termogênicos, como o de gengibre, também devem ser evitados pelos mesmos motivos do chá preto.

“Os chás de camomila e canela, por exemplo, são conhecidos por diminuir os níveis de glicose no sangue. O consumo elevado dessas bebidas pode causar um efeito rebote nos medicamentos levando a hipoglicemia”, explica Cunha.

Ele aponta que os chás termogênicos e que contêm cafeína tendem a causar mudanças metabólicas no organismo, gerando oscilações de açúcar no sangue. “Isso pode dificultar o controle glicêmico dos diabéticos”, completa .

A nutricionista Aline Maboni chama atenção ao fato de que, quando se recomendam chás que reduzem os níveis de açúcar no sangue, o melhor é que os pacientes que já são diagnósticos com diabetes não façam uso deles para não atrapalhar o controle da doença.

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Fonte: Metrópoles

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