A Polícia Rodoviária Federal (PRF) instaurou uma Investigação Preliminar Sumária (IPS) para apurar a conduta de um agente que publicou um vídeo nas redes sociais uniformizado, em meio à repercussão da morte de três colegas durante uma perseguição na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (18/4).
O policial Anderson Okasaki, que atua na mesma corporação dos agentes mortos, aparece no vídeo refletindo sobre os riscos da atividade policial e a percepção social do trabalho desenvolvido pela instituição. A gravação foi feita fora do ambiente de trabalho, mas com o uso da farda, o que motivou a abertura do procedimento correcional.
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De acordo com normas internas da PRF, manifestações pessoais públicas feitas com o uso do uniforme podem ser interpretadas como posicionamentos oficiais da corporação. A regulamentação busca preservar a neutralidade institucional e evitar a associação da imagem da PRF a opiniões individuais.
No conteúdo divulgado, o agente lamenta a perda dos colegas e afirma que eles decidiram agir para proteger a população, mesmo sem obrigação formal de intervir. Também comenta que, apesar da dedicação diária, há uma sensação crescente de desvalorização por parte da sociedade.
A corregedoria da PRF recebeu denúncia sobre o caso e agora avalia se há indícios suficientes para transformar a apuração preliminar em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A eventual abertura do PAD pode acarretar sanções internas, caso a conduta seja considerada incompatível com os regulamentos da corporação.
A morte dos três agentes ocorreu durante uma perseguição a criminosos na altura do bairro de Ramos. O caso segue em investigação pelas autoridades locais.
Fonte: Portal LEODIAS