Projeto da LDO prevê meta fiscal de superávit de 0,25% do PIB em 2026

O governo federal apresentou, nesta terça-feira (15/4), o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, com uma meta fiscal de superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para o governo central. O projeto ainda será analisado pelos parlamentares.

Ou seja, será buscado no próximo ano um superávit de R$ 38,2 bilhões, com folga de R$ 3,9 bilhões, o que poderá levar o número a R$ 34,3 bilhões. Se alcançado, será o primeiro superávit do atual governo Lula (PT).

“A gente pretende cumprir a meta de resultado primário com uma folga de R$ 3,9 bilhões”, explicou o secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, em coletiva de imprensa.

A meta fiscal para 2025 é de déficit zero, isto é, o equilíbrio entre despesas e receitas. Com isso, a equipe econômica mostra mais otimismo ao esperar que as contas públicas sejam superavitárias no próximo ano, após dois anos seguidos de meta zerada.

A informação tinha sido adiantada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na última quinta-feira (10/4), ele confirmou que a meta fiscal de 2026 não seria alterada no PLDO do ano seguinte.


O que é a LDO?

  • A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um documento que estabelece as bases para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano seguinte, ou seja, o Orçamento Federal.
  • A LDO também determina o nível de equilíbrio geral entre receitas e despesas, ou seja, a meta fiscal para o ano seguinte que deverá ser seguida pelo Executivo.
  • Outro ponto que consta na LDO é a proposta de salário mínimo para o exercício seguinte, bem como as projeções para o crescimento do país (Produto Interno Bruto), inflação e taxa de juros (a Selic).
  • O documento traça as regras para execução das despesas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
  • Além disso, a LDO autoriza o aumento de despesas com pessoal — pagamentos feitos a servidores públicos (ativos e inativos) e pensionistas.

Vale lembrar que o arcabouço fiscal — nova forma de controle de endividamento público brasileiro — tem uma banda (intervalo de tolerância) que permite um rombo de até 0,25% do PIB.

Em 2024, foi registrado um déficit primário de R$ 43 bilhões, o equivalente a 0,36% do PIB. Ainda assim, a meta fiscal do ano passado foi cumprida, pois a lei permitia algumas exclusões do cálculo final e um rombo limitado. Já em 2025, quando também é mirado o déficit zero, será admitido um déficit de até R$ 31 bilhões.

De acordo com o PLDO de 2026, as projeções até 2029 são:

  • 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 34,3 bilhões);
  • 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 73,4 bilhões);
  • 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 157,3 bilhões);
  • 2029: superávit de 1,25% do PIB (R$ 210,7 bilhões).

O limite total de despesas apresentado pelo governo é da ordem de R$ 2,43 trilhões, sendo que R$ 2,33 trilhões referem-se apenas ao Poder Executivo. O governo ainda estimou uma arrecadação extra de R$ 118 bilhões em 2026 a partir de esforços da fiscalização tributária.

Além do governo central, o governo apresentou a meta esperada para as empresas estatais federais, de déficit de R$ 6,8 bilhões, e para estados, o Distrito Federal e municípios, que é de superávit de R$ 1,1 bilhão.

Tramitação no Congresso Nacional

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é apresentada e votada no início do ano, enquanto a Lei Orçamentária da União (LOA), o Orçamento Federal, é apreciada no segundo semestre.

Inicialmente, a LDO será encaminhada para a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), formada por deputados e senadores, responsável por emitir parecer sobre o documento. Vale lembrar, que os parlamentares são aptos para fazer qualquer tipo de alteração na peça sugerida pelo governo.

Depois de passar pela CMO, o projeto orçamentário é apreciado pelo Congresso Nacional em sessão conjunta. Com a aprovação, o texto é enviado ao presidente da República para sanção ou veto, parcial ou total.

O projeto precisa ser votado e aprovado até 17 de julho. Isso porque não haverá recesso parlamentar no meio do ano, caso a LDO não seja aprovada no Congresso Nacional.



Fonte: Metrópoles

Corinthians negocia com Tite e pode anunciar novo técnico ainda esta semana

O Corinthians definiu Tite como prioridade para comandar a equipe após a saída de Ramón Díaz e realizou uma reunião nesta segunda-feira (21/4) com...

Tony Ramos volta às novelas “com alma de poeta”

A Globo estreia dia 28, sete da noite, a novela “Dona de Mim”, escrita por Rosane Svartman e tem como grande diferencial a presença...

Em meio a climão com Justin Bieber, Hailey compartilha descoberta de cistos no ovário

Vivendo um momento complicado no casamento com Justin Bieber, Hailey Bieber, de 28 anos, revelou ter sido diagnosticada com dois cistos no ovário. A...