Os alimentos “vilões” da inflação, que registraram as maiores elevações de preços na passagem de fevereiro a março, são o tomate, ovo de galinha e café moído. Apenas o grupo de Alimentação e bebidas corresponde a 45% da inflação geral.
O que é IPCA
- Refletindo o custo de vida e o poder de compra do cidadão brasileiro, o IPCA é calculado desde 1979 pelo IBGE.
- O IPCA é considerado o termômetro oficial da inflação e é usado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, a Selic.
- Ele mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
- O IPCA tem por meta pesquisar dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país.
- O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o termômetro da inflação, mostrou que os preços de bens e serviços do país subiram 0,56% em março — o maior IPCA para o mês desde 2023, quando houve aumento de 0,71%.
O Brasil tem inflação acumulada de 5,48% — ainda acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%. Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.
Alimentação pressiona inflação
O grupo Alimentação e bebidas avançou pelo sétimo mês consecutivo, com preços subindo 1,17%. A alimentação no domicílio (ou seja, o preço dos produtos nos mercados) cresceu 1,31%, o que mostra uma certa aceleração na comparação com janeiro (0,79%).
- As altas foram nos preços do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%).
- Enquanto as quedas ocorreram nos preços do óleo de soja (1,99%), do arroz (1,81%) e das carnes (1,60%).
O gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, explica que o calor dos meses de verão provocou a antecipação da colheita do tomate. No caso dos ovos, o aumento no custo de produção e o período da quaresma impulsionaram os preços.
A alimentação fora do domicílio também avançou em março, com preços indo a 0,77%. Os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) subiram em relação a fevereiro. Por outro lado, o lanche (0,62%) desacelerou, mas seguiu apresentando alta.
Fonte: Metrópoles