Para muitas pessoas, frutas e vegetais fazem parte da rotina. Mas não para Chloe Raisbeck, de 27 anos. Diagnosticada com síndrome de alergia oral (SAO), Chloe vive há mais de duas décadas sem comer uma única folha.
A condição, desencadeada por uma reação cruzada entre proteínas alimentares e pólen, torna o consumo de frutas e vegetais extremamente perigoso — segundo ela, uma simples mordida pode ser fatal.
A alergia surgiu quando ela tinha sete anos. Em maio de 2004, uma mordida em um pêssego na escola causou inchaço nos lábios e coceira na garganta. Dias depois, os mesmos sintomas se repetiram após comer uma maçã.
Chloe então foi levada ao médico, onde passou por exames e testes cutâneos que confirmaram a SAO. A condição afeta cerca de 2% da população do Reino Unido e é comumente associada à rinite alérgica.
Desde então, a jovem evita 15 alimentos — entre eles banana, kiwi, cenoura, amêndoa e pimentão — e vive com medo de comer. Ela depende de suplementos vitamínicos para obter os nutrientes do dia a dia e carrega uma caneta de adrenalina para emergências.
“Ouvir meu alergista dizer que eu poderia morrer comendo uma única fruta ou entrar em anafilaxia foi assustador. Me deram uma EpiPen e outros anti-histamínicos, o que foi confuso para uma criança de sete anos”, disse em entrevista ao jornal britânico Express & Star.
Apesar de os sintomas não serem sempre graves, Chloe relata que o medo constante a impede de ter uma relação saudável com a comida. “Isso tomou conta da minha vida e virou uma espécie de fobia”, lamenta.
Recentemente, ela começou a testar alimentos que nunca havia comido antes e conseguiu incluir framboesas no cardápio. A esperança agora é ir ampliando, aos poucos, a variedade do que consome.
“Nos próximos anos, espero ter uma alimentação mais variada e poder comer mais coisas. Mas, por enquanto, vou com calma, uma mordida de cada vez”, afirmou.
Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e no Canal do Whatsapp e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Fonte: Metrópoles