Viola: IA vai acelerar diferença entre América Latina e potências globais

A corrida tecnológica entre as grandes potências mundiais está prestes a ampliar ainda mais a disparidade global, especialmente em relação à América Latina. Esta é a análise do cientista Político, Eduardo Viola, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP). Viola aponta para uma aceleração significativa no desenvolvimento de tecnologias cibernéticas e de Inteligência Artificial (IA).

“A aceleração da combinação inteligência artificial, computação quântica e biologia está criando uma nova dinâmica de poder global. E a guerra cibernética é algo que vai acelerar a diferença entre nós e o centro do mundo”, afirma.

A análise foi durante participação no WW Especial, com William Waack, que debateu as dificuldades históricas da América Latina, que enfrenta uma série de problemas estruturais ao longo dos anos.

O professor destaca que China e Estados Unidos estão no epicentro desta “corrida decisiva existencial”. Ambas as nações consideram crucial dominar o que ele chama de “supra inteligência artificial” — uma capacidade que supera em muito a inteligência humana média.

Este avanço tecnológico, ressalta Viola, está ocorrendo em um ritmo muito mais acelerado do que o observado na era das armas nucleares.

“Acho que, inclusive, as armas nucleares não são hoje o mais importante em termos de ‘weaponização’, em termos de armas. O mais importante é a inteligência artificial, a computação quântica”, ressalta o especialista, enfatizando a mudança de paradigma na geopolítica global.

Impactos para a América Latina

O cenário descrito pelo professor apresenta uma perspectiva preocupante para a América Latina e outras regiões que não estão na vanguarda deste desenvolvimento tecnológico.

Viola expressa uma visão pessimista sobre a posição do Brasil e de outros países da região no contexto mundial, prevendo um distanciamento cada vez maior em relação às potências tecnológicas.

“E nisso nós vamos cada vez mais para trás, porque eles aceleram extraordinariamente”, conclui o professor, referindo-se ao avanço rápido de China e Estados Unidos. Ele também observa que mesmo a Europa enfrenta dificuldades para manter-se competitiva nesta nova era tecnológica.

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