Um grupo de bilionários estava presente na posse de Donald Trump no dia 20 de janeiro, todos empolgados e adulando o presidente. No entanto, o entusiasmo deles diminuiu significativamente desde que Trump impôs seu pacote de tarifas na semana passada.
Alguns nomes de destaque expressaram duras críticas:
- Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, e Ken Langone, fundador da Home Depot, a maior varejista do setor de construção, chamaram as novas tarifas de “bullshit” (bosta de boi).
- Elon Musk, que exerce grande influência no governo, também se manifestou contra as medidas.
Bill Ackman, bilionário investidor e ativista político, classificou a política tarifária como um grave erro.
Nesta segunda-feira (7), somou-se a essas vozes a do CEO do JPMorgan, o maior banco do mundo, que alertou publicamente sobre o risco de Trump levar a economia americana — e talvez a global — a uma recessão.
Até agora, Trump tem ignorado publicamente as críticas desses magnatas, figuras poderosas e influentes do mundo financeiro. No entanto, o derretimento das bolsas globais já começa a afetar setores como varejo, indústria, pequenos negócios, inflação, taxas de juros e emprego.
A questão que se coloca é: quanto tempo levará para que essas reclamações se transformem em queda de popularidade, eleitores descontentes e uma população decepcionada?
O que Trump fez até agora equivale a um suicídio geopolítico, pois está reduzindo — e não aumentando — o poder dos Estados Unidos. Com todos esses ingredientes, pode acabar se tornando também um suicídio político.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Waack: Trump não ouve o barulho dos mercados desabando no site CNN Brasil.