Análise: Redução da perspectiva de rating do Brasil é recado para governo

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “positiva” para “estável”, sinalizando um alerta significativo para o governo brasileiro.

A decisão, anunciada na sexta-feira (30), manteve o rating do país em Ba1, um nível abaixo do grau de investimento.

De acordo com a análise da Moody’s, o rebaixamento da perspectiva se deve a três fatores principais: preocupação com a capacidade de pagamento da dívida, progresso mais lento que o esperado nas reformas estruturais e a rigidez dos gastos públicos.

 

 

Impacto na credibilidade fiscal

Segundo a analista de economia da CNN Débora Oliveira, a agência reconhece os avanços nas metas fiscais e o crescimento do PIB no primeiro trimestre, que foi de 1,4%.

No entanto, aponta que a situação fiscal do país piorou, destacando a lentidão na construção de credibilidade fiscal.

O Tesouro Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda, respondeu à decisão da Moody’s afirmando que o governo continua empenhado em melhorar os resultados fiscais e em prosseguir com as reformas estruturais.

Contudo, a agência avalia que o ritmo dessas mudanças tem sido mais lento do que o necessário.

Impacto no cenário econômico

Essa redução na perspectiva de crescimento é um recado claro para o governo brasileiro, diz Débora.

As agências de classificação de risco utilizam uma escala de 21 graus de investimento, e o Brasil atualmente ocupa o 11º lugar na avaliação da Moody’s.

A mudança de perspectiva de “positiva” para “estável” indica que a agência não vê, no curto prazo, a possibilidade de o Brasil avançar para o grau de investimento, status perdido em 2016.

Assim, essa alteração pode impactar a confiança dos investidores e influenciar os juros que o país paga para se financiar.

O cenário econômico global também apresenta desafios adicionais. As recentes tensões comerciais, como o anúncio de Donald Trump sobre o aumento de tarifas para o aço e o alumínio, podem afetar as exportações brasileiras, considerando que os Estados Unidos são um dos principais compradores desses produtos do Brasil.

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