Ícone do site O SERINGAL

Banco Central é Boeing com orçamento de teco-teco, diz relator de PEC

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), que relata a proposta de emenda à Constituição (PEC) de ampliação da autonomia do Banco Central (BC), disse que a autoridade monetária é “um Boeing com orçamento de teco-teco”. O senador se reuniu com o presidente do órgão, Gabriel Galípolo, nesta terça-feira (20/5).

O texto é de autoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que também esteve presente na reunião desta terça, e outros senadores. Em 2024, o relator apresentou parecer favorável, com algumas modificações.

“O Banco Central é um Boeing com orçamento de teco-teco”, disse Valério após a reunião. “É uma autarquia que tem pouco funcionário, que o salário está defasado (…). E que precisa dar chacoalhada do Banco Central, que é respeitado no mundo todo, ganha prêmio no mundo inteiro. E, quando você tem um orçamento de R$ 10 milhões, ele mexe com trilhões”, completou.

O texto determina que o orçamento será elaborado e executado pelo próprio do Banco Central, sendo que as despesas de custeio e de investimento serão sujeitas à apreciação prévia do Conselho Monetário Nacional (CMN) e, posteriormente, pelo Senado Federal.

Ele ainda afirmou que a autoridade monetária precisa contratar e ter mais pessoas para trabalhar. “E uma liberdade orçamentária vai dar para que eles possam fazer o concurso, se eles começarem hoje, quando é que pessoas vão assumir esse concurso? Daqui a dois anos”, argumentou.

Segundo o relator da proposta, foi pedido ao BC que as sugestões ao texto sejam enviadas dentro de 10 dias. “A gente acha que daqui a 10 dias mata tudo. Eu não disse prazo. Das sugestões. Posso até adiantar, devo aceitar muito pelo que foi falado, não houver alteração”, afirmou.


Entenda a proposta


O senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da CCJ, que também foi à reunião, teria assumido o compromisso de pautar a proposta na comissão assim que o relatório final ficar pronto.

Plínio Valério lembrou que o texto ainda vai para a Câmara dos Deputados. “Se a Câmara mexer, bom que volta pra gente. Aí você cerca tudo”, afirmou. “Mas a Câmara costuma demorar. Lá os cartórios vão fazer lobby. Todo mundo vai fazer lobby, como faz aqui. E a gente tem correr porque demorar lá.”


Fonte: Metrópoles

Sair da versão mobile