As bonecas hiper-realistas conhecidas como bebês reborn se tornaram uma verdadeira febre nos últimos anos. Com aparência que imita perfeitamente um recém-nascido, elas conquistaram milhares de pessoas e viralizaram nas redes sociais, especialmente após vídeos de influenciadoras simulando o “parto” dessas bonecas ganharem grande repercussão na internet e até em programas de televisão.
Cada detalhe dessas bonecas é pensado para se assemelhar ao máximo a um bebê real. A textura da pele, os fios de cabelo implantados fio a fio, os olhos, os cílios, veias, manchas e até pequenas rugas são cuidadosamente trabalhados, o que torna esse produto muito diferente de uma boneca comum.
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Mercado em crescimento: vendas que chegam a R$ 40 mil por mês
No Brasil, o mercado dos bebês reborn tem crescido consideravelmente, impulsionado pelas vendas online e pela força das redes sociais. Em Belo Horizonte, por exemplo, uma loja temática que simula uma maternidade fatura cerca de R$ 40 mil por mês, vendendo entre 20 e 30 bonecas mensalmente. E esse número pode até triplicar em datas comemorativas, como Dia das Crianças e Natal.
A artista e empresária Simone Fortuna, de 40 anos, é um dos nomes que se destacam nesse mercado. Ela produz bebês reborn há 18 anos e conta que o preço das bonecas pode variar bastante. O valor inicial é de R$ 2.100, mas dependendo do nível de realismo e da personalização, pode chegar a até R$ 13 mil — esse foi, inclusive, o valor da peça mais cara que ela já produziu, feita sob encomenda.
Com uma demanda intensa, Simone chega a produzir em média 60 bonecas por mês, alcançando um faturamento líquido que varia entre R$ 30 mil e R$ 40 mil. O público interessado é bastante diverso, mas, segundo ela, a maioria das vendas ainda é voltada para crianças. “Eu considero os bebês reborn como uma boneca diferenciada, pois é uma obra de arte”, afirma. Cada boneca leva cerca de sete dias para ficar pronta e acompanha um enxoval completo, incluindo duas roupas, acessórios de cabelo, chupeta magnética com prendedor, mamadeira com leite fake, fraldas, bichinho de pelúcia, escova, pente, além de certificado de nascimento, teste do pezinho e um guia de cuidados.
Picos de interesse e buscas na internet
O interesse pelo tema também reflete diretamente nas buscas na internet. De acordo com dados do Google Trends, os termos mais pesquisados nos últimos 30 dias foram “quanto custa um bebê reborn”, “bebê reborn polêmica”, “bebê reborn SUS” e “mãe de bebê reborn”.
No quesito interesse comercial, os estados que mais buscaram sobre vendas foram Acre, Amapá e Sergipe. Já no volume total de buscas na web, os maiores registros vieram do Piauí, seguido pela Bahia e Pará.
Ainda segundo levantamento feito pela CNN, com base no Google Trends, o interesse por essas bonecas hiper-realistas bateu picos de popularidade no último ano. Os bebês reborn começaram a se popularizar no Brasil nos anos 2000 e, com o avanço da tecnologia, foram se tornando cada vez mais realistas.
O maior volume de buscas aconteceu em dezembro, mas voltou a crescer de forma expressiva em abril de 2025. No gráfico do Google Trends, o número 100 representa o auge da popularidade de um termo, enquanto 50 indica metade desse interesse e 0 significa que não havia dados suficientes.
Fonte: Portal LEODIAS