Blusinhas: varejo nacional quer que 16 estados e DF aumentem ICMS

Apesar da decisão de aumentar a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas compras on-line feitas em plataformas como Shein e AliExpress, 16 estados e o Distrito Federal ainda não majoraram as alíquotas.

O varejo nacional espera que o tema seja pautado na próxima reunião do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), prevista para a quarta-feira da semana que vem (28/5).

Apesar de o Comsefaz ter decidido aumentar a alíquota, de 17% para 20%, a partir de 1º de abril de 2025, 17 unidades da federação decidiram manter o imposto inalterado. Mesmo com o acordo, a decisão de aumentar ou não a alíquota de ICMS depende exclusivamente dos estados e, conforme se aproxima o calendário eleitoral, a decisão passa a ter custos políticos maiores, já o aumento de impostos é impopular.


Taxa das blusinhas

  • Em meados de 2024, após pressão do varejo nacional, o imposto de importação (II) — de caráter federal — de 20% voltou a incidir sobre compras de até US$ 50. A medida tinha o objetivo de garantir uma disputa justa entre varejistas e vendedores estrangeiros.
  • As compras estavam isentas desde 2023, em função da implementação do Programa Remessa Conforme, da Receita Federal.
  • Desde agosto do ano passado, todas as remessas internacionais passaram a ser sujeitas ao pagamento de tributos federal (o imposto de importação, de 20%) e estadual (o ICMS, de 17%).
  • A alíquota válida apenas para remessas postais e expressas importadas pelo Regime de Tributação Simplificada (RTS).

Segundo Edmundo Lima, diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), a expectativa é que os demais estados implementam a alíquota de 20% do ICMS ainda no primeiro semestre deste ano.

“A gente tem um estudo que mostra que a média ideal seria ao redor de 25%. Isso para trazer maior equidade junto a todos os tipos de produto hoje comercializados”, afirmou Lima.

Mantiveram o ICMS em 17%:

  1. Amazonas
  2. Amapá
  3. Distrito Federal
  4. Espírito Santo
  5. Goiás
  6. Maranhão
  7. Mato Grosso
  8. Mato Grosso do Sul
  9. Pará
  10. Pernambuco
  11. Paraná
  12. Rio de Janeiro
  13. Rio Grande do Sul
  14. Roraima
  15. Santa Catarina
  16. São Paulo
  17. Tocantins.

Optaram por elevar o ICMS para 20%:

  1. Acre
  2. Alagoas
  3. Bahia
  4. Ceará
  5. Minas Gerais
  6. Paraíba
  7. Piauí
  8. Rio Grande do Norte
  9. Roraima
  10. Sergipe

Atualmente, varejo e indústria nacionais pagam ICMS conforme o produto, ou seja, com alíquotas variáveis. Na visão dele, o fato de as plataformas internacionais pagarem uma alíquota única, ela deveria ser ainda mais elevada. Ele afirma que o que se busca é a igualdade de condições para a proteção do emprego nacional e do consumidor.

Lima sustenta que, em um momento em que o governo americano tem majorado as alíquotas para produtos importados, há um receio do varejo nacional de que as plataformas internacionais possam escoar volumes excedentes, que seriam destinados aos Estados Unidos, a países como o Brasil.

Ainda não há dados oficiais sobre o volume de negócios oriundos das plataformas internacionais desde o aumento da alíquota de ICMS. Mas desde a implantação do imposto de importação, houve um decréscimo no volume trazido pelas plataformas. Em fevereiro, foi estimado um decréscimo da ordem de 23% a 25% do volume de pacotes que chegaram ao Brasil.

“A gente entende que, na medida em que vá se igualando a carga tributária, quanto mais próximo dessa isonomia a gente esteja, mais as empresas brasileiras terão capacidade de competir com o mercado internacional, com essas empresas”, avaliou Lima.

Fiscalização dos produtos importados

Outro tema que o varejo e a indústria nacionais têm tentado tratar é a conformidade dos produtos importados às normas regulamentadoras brasileiras, de modo a ter uma fiscalização mais rigorosa. “Os vendedores dessas plataformas não estão seguindo as normas hoje existentes no Brasil”, acusou o porta-voz da Abvtex.

“A gente vê a comercialização de uma série de produtos proibidos, inclusive, que podem afetar a saúde do consumidor. A gente vê a comercialização de uma série de produtos piratas também, que são legalmente proibidos”, disse Edmundo Lima. No setor de vestuário e calçados, ele afirmou que não tem havido a devida etiquetagem, com informações sobre a composição têxtil do produto e orientações quanto à tinturaria e ao uso de substâncias químicas que possam ser nocivas à saúde do consumidor e/ou ao meio ambiente.

Em abril de 2024, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou a parlamentares que vinha se reunindo com representantes do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para “chamá-los à responsabilidade”.

Barreirinhas explicou que, por exemplo, no caso de brinquedos e cosméticos, há riscos à saúde do consumidor. Ele disse que, em função da intensificação das ações fiscalizatórias, algumas plataformas passaram a vender menos ao Brasil.



Fonte: Metrópoles

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