O aniversário do prefeito foi no domingo. Farrista e indiferente aos problemas da cidade, ele viajou com a esposa secretária antes do fim de semana. Estaria por lá, na cidade natal, Araguari, onde os festejos incluem passeios registrados em sua rede social. Levou a esposa para visitar o túmulo da ex-esposa, dona Beth, e aproveitou para renovar votos à amada – uma rotina chata, incessante, na tentativa de abafar problemas reais que atormentam a população de Rio Branco.
Bocalom se deslumbra com o Condomínio Ventana, propriedade milionária dos irmãos empreiteiros, um dos empreendimentos mais prósperos da região. Tudo bem longe da crise gerada pela decisão de instalar o Centro Pop no entorno de bairros mais populosos da capital acreana, motivo de protestos dos moradores do local.
Nesta quinta também foi o primeiro dia de greve geral, por tempo indeterminado, dos professores e funcionários das 90 escolas municipais que aderiram ao movimento. O ano letivo está suspenso. Bocalom não sinalizou receber os grevistas, e o seu vice, secretário de Educação Alysson Bestene, parece não ter autonomia para decidir nada.
O Sinteac, entidade que representa os trabalhadores, emitiu nota de repúdio e denuncia que os diretores de escola estão sendo obrigados a devolver profissionais lotados nas escolas que aderiram à greve (Veja abaixo). Na nota, a entidade sindical revela que o município pretende retirar da folha de pagamento os ganhos extras dos professores e servidores – medida arbitrária que esta sendo interpretada como represália e perseguição aos trabalhadores.